Lançado em 4 de setembro, o Atlas do Agronegócio: fatos e números sobre as corporações que controlam o que comemos traz uma coletânea de artigos e infográficos que abordam a concentração do setor agrícola, agrotóxicos, qualidade do alimento, conflitos no campo, lobby do agronegócio e agroecologia. O projeto foi coordenado pelas fundações alemãs Heinrich Böll e Rosa Luxemburgo.

O Atlas apontou que a América Latina possui a pior distribuição de terras em todo o mundo: 51,19% das terras agrícolas estão nas mãos de apenas 1% dos proprietários rurais. O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking de desigualdade no acesso à terra.

Segundo a publicação, o país tinha 55,3% das terras privadas ocupadas por grandes propriedades rurais. Ao observar a distribuição das terras privadas ocupadas por grandes propriedades destacam-se as seguintes nas unidades federativas: Mato Grosso (83%), Goiás (68,7%), Espírito Santo (56,4%), Bahia (55%), Rio Grande do Sul (44,3%) e Minas Gerais (35,7%).

Ao comparar os programas de governo apresentados pelos presidenciáveis, o plano do Partido dos Trabalhadores é o mais comprometido em reduzir a concentração de terra no país. A linha programática do PT busca uma transição ecológica que visa garantir investimentos em agroecologia, assim como colocar a reforma agrária no centro da agenda pública nacional, garantindo acesso à terra aos trabalhadores do campo. Além disso, pretende fortalecer a expansão da agricultura familiar e de pequenos produtores, especialmente de base cooperativa e de diversificação regional.

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