A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) divulgou nota, disponível em seu site, que demonstra preocupação com a queda da cobertura vacinal no Brasil, o que pode trazer de volta doenças já erradicadas no país.

Segundo a nota, entre 2015 e 2017, “a vacinação contra poliomielite caiu de 98,3% para 79,5%; rotavírus de 95,4% para 77,8%; pentavalente de 96,3% para 79,2%; hepatite B ao nascer (<1 mês de idade) de 90,9% para 82,5%; meningococo C de 98,2% para 81,3%; pneumocócica de 94,2% para 86,3%; e primeira dose de tríplice viral de 96,1% para 86,7%.”

A nota elenca como fatores que contribuem para a queda da cobertura o “contexto político e econômico de muita fragilidade; a falsa sensação de segurança, pois muitas doenças imunopreveníveis já não ocorriam devido ao sucesso do PNI; o crescente movimento anti-vacinas, inclusive com divulgação de informações falsas sobre ausência de efetividade das vacinas e sobre eventos adversos inexistentes; questões operacionais atuais na rede de serviços do SUS.”

Mas a Associação dá particular ênfase à crise de financiamento do SUS, à insuficiência e alta rotatividade de profissionais, aos limites da Estratégia Saúde da Família e às más condições de trabalho para os profissionais, todas questões agravadas pela Emenda Constitucional 95.

`