“O Brasil perde hoje uma de suas maiores referências na luta contra a ditadura. A morte de Zilah Abramo causa tristeza a todos nós, que admiramos por tanto tempo sua força e coragem permanentes na luta pelos direitos humanos. Foi incansável quando o Brasil estava mergulhado na treva”.
Dilma Rousseff, presidenta do Conselho Curador da Fundação Perseu Abramo e presidenta da República eleita

“O Brasil perdeu hoje Zilah Abramo, a estrela da resistência ao autoritarismo e à ditadura militar. Mas deixou a grandiosidade dos compromissos que assumiu e a trajetória que cumpriu ao lado bom da História de luta em favor dos oprimidos, como organizadora do PT e fundadora da Fundação Perseu Abramo. Aprendi com ela que o bom combate se faz com disciplina e persistência. Nada mais fundamental nesse momento para derrotar o golpe que trouxe a decadência para a nação. Zilah vive!”
Marcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo

O Partido dos Trabalhadores recebeu com profunda tristeza a notícia do falecimento de Zilah Wendel Abramo, uma das mulheres mais atuantes e engajadas da história do partido que ajudou a fundar.
Socióloga de formação, Zilah teve a vida dedicada à luta por direitos humanos no Brasil, sobretudo durante os anos em que a Ditadura Militar vigorou no país. Foi uma das vozes mais ativas dentro do Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA), sociedade civil independente formada a partir de 1978 com o objetivo de coordenar os esforços em prol do movimento pela anistia ampla, geral e irrestrita dos atingidos pelos atos de exceção cometidos a partir de 1964.
Sua militância de esquerda começara uma década antes no Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Casada com o jornalista e também sociólogo Perseu Abramo, tiveram os filhos Laís, Mario, Helena, Bia e Marta.
Dedicou-se ativamente a construir a Fundação do PT que leva o nome do seu companheiro Perseu. Quando esta foi instituída, foi vice-presidenta da Diretoria e depois presidenta do Conselho Curador.
Que o seu legado sirva de exemplo para as lutas que seguirão.
Gleisi Hoffmann, senadora e presidenta do Partido dos Trabalhadores

“Tive a alegria de ser companheiro de trabalho de Zilah Abramo na Fundação Perseu Abramo durante mais de 20 anos. Primeiramente, ela como vice-presidente e eu como diretor. Depois, ela como presidenta do Conselho Curador e eu como vice-presidente e posteriormente presidente. Nessa longa convivência de trabalho, nossa confiança mútua cresceu, embora ela sempre mais combativa e mais otimista que eu. Nesse período, ela deixou de ser apenas a mãe de meus amigos Laís, Mário, Lena, Bia e Marta e passou a ser minha companheira e amiga Zilah. Descanse em paz”.
Ricardo Azevedo, ex-presidente da Fundação Perseu Abramo

“Zilah Abramo nos deixou. Ela e Perseu me acolheram quando voltei da clandestinidade e me filiei ao PT. Sempre com afeto e carinho me orientaram mas me criticaram quando necessário. Nos anos duros da luta que travei contra a farsa do mensalão de novo me acolheu. Juntos criamos a Fundação que leva o nome de Perseu. Me considero como um dos seus e com tristeza me despeço de Zilah com este testemunho e um abraco afetuoso.”
José Dirceu, ex-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores

“Zilah Abramo se foi e deixou uma grande lacuna. Trabalhei e convivi com ela por 10 anos na Editora Fundação Perseu Abramo e pude conhecer sua capacidade, seu caráter e sua firmeza de princípios. Uma perda enorme! Ela foi para mim uma mestra e um exemplo. Deixa muitas saudades!”
Flamarion Maués, ex-coordenador editorial da Editora Fundação Perseu Abramo

Ao abrir a internet agora há pouco, deparei-me com a notícia do falecimento de nossa companheira Zilah Wendel Abramo.
Zilah foi uma destacada militante da esquerda e do Partido dos Trabalhadores. Uma perda sensível que sofremos nesse momento em que enfrentamos, de novo, um golpe contra a democracia brasileira.
Lembro-me dela quando abrimos a primeiro Unidade Básica do ainda Movimento pelo PT no bairro paulistano onde morávamos – à rua Catão, na Lapa. Zilah e seu companheiro Perseu Abramo vieram logo nas primeiras reuniões que convocamos e nos ajudaram a construir o grande partido do proletariado brasileiro.
Eu mudei-me do bairro e depois da cidade, mas nós nos reencontramos em algumas ocasiões sobretudo nos momentos mais críticos. Assim foi a última vez, quando ela, o companheiro Paul Singer e eu nos reunimos para defender o partido, então sob ataque daquela avalanche de calúnias e de injúrias em torno do caso “mensalão”, em setembro-outubro de 2005, quando lançamos a proposta “Mensagem ao Partido” pela refundação, ou seja pela retomada da melhor trajetória petista.
À família, meus sentimentos e a certeza de que honraremos cada minuto da história do PT e da memória dessa grande mulher guerreira e militante.
Com todo respeito, carinho e companheirismo que sempre partilhamos, recebam esse meu preito e meus sentimentos.
Zilah, presente!
Paulo Skromov, fundador do PT e membro de sua primeira direção

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