No período pós-golpe, os interesses do agronegócio e os privilégios dos latifundiários foram atendidos pelo governo Temer, enquanto o fortalecimento da agricultura familiar e dos pequenos agricultores foi deixado de lado. A bancada ruralista do Congresso Nacional buscou evitar que os produtos orgânicos e a agricultura familiar se apresentassem como alternativa de alimentação saudável para população brasileira.

Para mudar essa realidade, o Plano Lula de Governo (2019-2022) busca realizar uma verdadeira transição ecológica com base na agroecologia que fortalecerá os interesses dos agricultores familiares, dos assentados da reforma agrária, dos extrativistas, das comunidades tradicionais e dos pescadores artesanais. Entre as diretrizes do documento estão a expansão da agricultura familiar e a promoção da agroindustrialização, especialmente de base cooperativa, de diversificação regional, baseada em pequenos e médios produtores articulada com armazenamento e comercialização da produção.

Desta maneira, o programa de governo do PT prevê expandir o acesso da agricultura familiar ao mercado consumidor via ampliação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e criação de mecanismos para simplificar o escoamento da produção familiar em mercados, feiras e comércios locais.

As iniciativas previstas no plano de governo petista também visam direcionar a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para um modelo produtivo de base agroecológica, assim como aprimorar o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária e recuperar a Embrapa para assegurar centralidade às pesquisas voltadas à agricultura de base agroecológica.

`