O terceiro debate do ciclo “Os significados de 1968”, que a Fundação Perseu Abramo exibirá em seu canal no YouTube e em sua página no Facebook, tem como tema “A efervescência político-cultural, intelectual e comportamental dos anos 1960” e irá ao arno dia 21de agosto.

O debate contará com as participações de Marcelo Ridenti,professor de Sociologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); e Sérgio Mamberti,ator,autor, diretor e produtor de teatro, TV e cinema; além da mediação dasociólogaVilma Bokany.

O debate

Minissaia, calça jeans e sandálias franciscanas. Com roupas despojadas, os jovens rebeldes de 68, majoritariamente universitários e secundaristas, inspiraram-se nas idéias de Guy Debord, Jean Paul Sartre, no cinema da Nouvelle Vague, na música dolorosa de Janis Joplin e nos ideais revolucionários marxistas.

De norte a sul, clamaram por liberdade, independência em relação aos valores dominantes, e igualdade. No Brasil, a Tropicália subiu aos palcos dos festivais e do Teatro Oficina. Arena canta Zumbi. O cinema e as artes plásticas cruzaram o Atlântico e se espalharam pelo mundo. Em plena efervescência político-cultural, os jovens entraram em contato com as vanguardas culturais, acadêmicas, ideológicas, políticas e comportamentais de um mundo em pleno florescimento.

O ciclo

Durante todo o mês de agosto, a Fundação Perseu Abramo exibe às terças-feiras em sua página do Facebook e em seu canal no YouTube os debates do ciclo “Os significados de 1968”, que discute os acontecimentos emblemáticos daquele ano para o Brasil e para o mundo.

A democracia e a soberania de nosso país estão novamente sob ataque e os embates se repetem. É neste contexto que a FPA realiza o ciclo de debates “Os significados de 1968”, por entender que discutir a década de 1960 no Brasil, os projetos em disputa no país e como a geração de 1968 buscou enfrentá-los é contribuir também para compreender e encontrar saídas para o grave momento que vive nosso país, desde o golpe de 2016.

O ciclo terá quatro grandes temas, que devem provocar reflexões sobre a efervescência política, artística e cultural que se manteve após o golpe de 1964 no Brasil, interrompida com a assinatura do Ato Institucional de nº 5, em dezembro de 1968.

Naquele ano, à luz dos acontecimentos internacionais, estudantes, professores, religiosos, artistas, operários, militantes e dirigentes de esquerda, organizaram a resistência contra o recrudescimento da ditadura, o avanço do conservadorismo e a modernização conservadora imposta pelo regime militar.

 

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