Os dados oficiais do governo comprovam: para os trabalhadores brasileiros a crise não terminou. Por exemplo, o número de trabalhadores com carteira assinada nunca esteve em patamares tão baixos desde 2012, a taxa de desocupação continua muito alta e o desemprego continua atormentando pelo menos treze milhões de brasileiros.

A taxa de desocupação medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) foi de 12,4% no trimestre de abril a junho de 2018, menor que a mesma taxa no trimestre anterior (de janeiro a março de 2018, quando foi de 13,1%) e também menor que no mesmo trimestre de 2017, em que foi de 13%. É importante dizer que desde meados de 2016 a taxa de desocupação medida pela PNAD Contínua alcançou o patamar de 12% e desde então não caiu abaixo deste valor.

No entanto, a queda da taxa de desocupação, medida pela quantidade de pessoas que buscam ativamente trabalho em relação ao total da força de trabalho, esconde o fato de que, em um ano, 1,2 milhão de pessoas deixou a força de trabalho. Mesmo assim, a população desocupada no Brasil alcança treze milhões.

Já o crescimento da ocupação continua com a tônica da precariedade: os empregos com carteira de trabalho assinada caíram em relação ao mesmo trimestre de 2017 (e alcançaram o menor número da série histórica, medida desde 2012, de 32,8 milhões de trabalhadores com carteira) e os empregos sem carteira assinada cresceram em relação ao trimestre anterior e em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Já os trabalhadores por conta própria cresceram em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

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