Lula Livre: ‘Onde querem silêncio, seguiremos cantando’
O Festival Lula Livre reuniu mais de oitenta mil pessoas no último sábado, 28 de julho, nos Arcos da Lapa (RJ), para se solidarizarem a Lula, pedir sua liberdade e seu direito a disputar as próximas eleições. Foram mais de dez horas de shows, que reuniram quase uma centena de artistas, entre cantores, músicos, dançarinos, poetas, atores, cineastas e artesãos, em apoio à candidatura Lula.
Em um ato histórico importante, emocionante e de grande alcance em defesa da democracia, explicitou-se a força da liderança do ex-presidente e o anseio popular pela sua candidatura. Apesar de preso político, Lula continua sendo o melhor presidente que o país já teve e o político brasileiro mais popular, lidera com folga as intenções de voto, como demonstram todas as pesquisas eleitorais.
Um dos pontos altos foi quando Chico e Gil encerraram a noite do Festival, cantando a música Cálice, composta pela dupla em 1973, nos tempos da censura da ditadura militar. Agora, quarenta e cinco anos depois, a letra permanece mais viva do que nunca e retrata o desejo nacional de restabelecimento da normalidade democrática no país.
Outro ponto alto, foi quando o ator Herson Capri, emocionado, fez a leitura da carta que Lula enviou ao evento, agradecendo a solidariedade “Quantas vezes, quando a sociedade calou diante de barbaridades, foram os nossos músicos, escritores, cineastas, atores, dramaturgos, dançarinos, artistas plásticos, cantores e poetas que vieram lembrar que amanhã há de ser outro dia? Que ousaram acreditar em esperanças equilibristas e em flores vencendo canhões. Que se rebelaram contra o “Cale-se!” imposto pela censura, gritando que era proibido proibir.”, dizia Lula na carta.
A transmissão do festival foi feita pela TVT e ficou entre as mais assistidas no último fim de semana, com mais de 71 mil visualizações pelo youtube e 122 mil visualizações no facebook, levando o festival a milhares de pessoas em todo o mundo. O evento foi o assunto mais comentado no Twiter no Brasil e esteve entre os três mais comentados no ranking mundial.
A mídia tradicional ignorou o show, que ocupou apenas 40 segundos no Jornal Nacional, com destaque à apreensão do material de campanha como bandeiras e faixas do PT, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), alegando campanha eleitoral antecipada. Na imprensa internacional houve grande cobertura, com divulgação do ato em ao menos quatro grandes veículos, como o The New York Times, Washington Post, Herald & Tribune e Associated Press, que o repercutiu em outras mídias.
“Onde querem silêncio, seguiremos cantando.” Lula Livre!