Josué Gomes, filho de José de Alencar, recusa vaga de vice de Alckmin
Com o início das convenções partidárias, se intensifica a disputa por nomes que possam agregar votos na composição das chapas que irão disputar as próximas eleições, em outubro. Um dos nomes mais cotados por diferentes partidos é o do empresário Josué Gomes, filho de José Alencar, vice-presidente nos dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva e atualmente filiado ao PR, de Valdemar Costa Neto. O empresário já foi cotado para a vice-Presidência na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e agora de Geraldo Alckmin (PSDB).
O nome de Josué foi a primeira sugestão do blocão, composto pelos partidos PR, PP, DEM, PRB e Solidariedade para a vaga de vice-Presidência na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB). A sugestão foi acatada pelo PSDB. Josué Gomes foi filiado ao MDB até abril e na janela partidária deixou o partido para se filiar ao PR.
Depois de ter desistido do apoio a Ciro Gomes (PDT), a intenção do blocão é fechar aliança com Alckmin indicando o vice na chapa. No fim da tarde da segunda-feira, 23 de julho, o empresário mineiro avisou que não será candidato à vice do tucano. Josué Gomes afirmou que “tomou conhecimento” do acordo do centrão e que acha que “uma coligação deve estar baseada em programas e ideias que projetem os rumos a serem seguidos pelo Brasil”. Afirmou que acredita que somaria pouco em termos de votos para a chapa e que Alckmin poderia ficar à vontade para escolher quem quiser para vice, mas se comprometeu a ajudar na campanha.
O comunicado da desistência ainda não foi oficializado. Os partidos do centrão, entre eles o PR, prometeram apoio a Alckmin. Interlocutores do Centrão pediram uma última conversa com o empresário, mas, com a decisão de Josué, a discussão sobre a candidatura a vice deverá ser levada para o DEM, que tem entre uma de suas exigências a saída do ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) da condução política da pré-campanha. O pedido foi feito pelo senador Ronaldo Caiado (DEM), adversário do ex-governador goiano. “A expectativa é ter um grupo mais plural para discutir os rumos da campanha e o programa de governo”, disse o deputado Silvio Torres (PSDB-SP).
Para aliados de Alckmin, a reticência do empresário pode ter explicação na sua relação com o PT. Josué se filiou ao PR a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele era considerado por petistas como o vice ideal do candidato do partido. Nesta terça-feira, 24 de julho, Josué tem uma conversa com petistas sobre as eleições de outubro, onde o PT quer propor a Josué o cargo de vice na chapa de Fernando Pimentel ao governo de Minas Gerais.