A Câmara de vereadores da cidade do Rio de Janeiro discute hoje (12) o impeachment do prefeito Marcelo Crivella (PRB), interrompendo o recesso parlamentar. Isso ocorre após um pedido da oposição para pautar a denúncia, e um da base governista, que defende o prefeito. Crivella fez, segundo reportagem do jornal O Globo, reuniões secretas com pastores evangélicos na sede da cidade, onde teria prometido resolução de problemas com IPTU e até passar pessoas na frente em filas de cirurgias em hospitais públicos. Crivella é bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, à qual pertencem os pastores que estavam na reunião.

De acordo com áudio vazado, Crivella afirmou que Deus lhe havia dado a oportunidade de estar na prefeitura para fazer andar os processos supracitados. O prefeito recomendou que os pastores procurassem uma servidora chamada Marcia, que resolveria a questão das filas de cirurgia para catarata e varizes, e também tratou de deslocar pontos de ônibus para as portas das igrejas, instalar semáforos para facilitar a circulação de pedestres e fornecer parques públicos para eventos.

Foram protocolados pedidos de impeachment pelo PSOL, por um vereador do MDB e pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Rio de Janeiro. O requerimento para sessão extraordinária foi solicitado por dezessete vereadores e vereadoras, um terço do total. Também foram abertos pedidos de investigação no Ministério Público e no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

 

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