Conjuntura é tema em análise no boletim de junho
O Boletim de Análise da Conjuntura de junho abre com a seção Golpe contra o Estado, que destaca a tramitação no Congresso do Projeto de Lei (PL) 6.621/2016, a chamada nova Lei das Agências Reguladoras. A pretexto de dar mais transparência e melhor governança institucional ao papel dessas agências, na prática o PL interdita a ação política e fetichiza a ação tecnocrática.
O capítulo Internacional trata da política reacionária das grandes potências para os migrantes, do resultado das eleições na Colômbia e na Turquia e das perspectivas em relação ao pleito no México, que tem como favorito o candidato da esquerda Andrés Manoel López Obrador, pelo Movimento de Regeneração Nacional em português (Partido Morena) e o Partido do Trabalho (PT).
A seção de Política e Opinião Pública traz uma análise da distribuição do Fundo Eleitoral de Campanha e a distribuição do horário de propaganda eleitoral gratuito na tevê e no rádio e seu provável impacto em candidaturas e apoios. Relata as manobras jurídicas da Operação Lava Jato para manter Lula preso e inviabilizar sua disputa nas eleições presidências de outubro. Mas os últimos dados das pesquisas de opinião da Ipsos mostram que sua candidatura continua forte: Lula é aprovado por 45% – a taxa mais alta entre os dezenove nomes apresentados aos entrevistados.
Uma análise dos últimos dados disponíveis referentes ao mercado de trabalho da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc) e do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) é apresentada na seção Social. Mostra que nem a política econômica do governo Temer nem a Reforma Trabalhista também realizada pelo golpista estão sendo capazes de estimular o mercado de trabalho brasileiro, reduzir as desigualdades regionais ou ampliar direitos para a maioria que vive do trabalho no país. Pelo contrário.
Na parte de Economia, fica em evidência que a situação brasileira segue em marcha lenta. Depois de um leve suspiro registrado em abril, quando os principais setores econômicos mostravam números ligeiramente melhores, as sucessivas barbeiragens do governo na administração da taxa de câmbio e na política de preços dos combustíveis produziram efeitos bastante negativos sobre o nível de atividade do conjunto da economia, deteriorando rapidamente as expectativas quanto à taxa de crescimento do PIB de 2018.
Na seção Territorial, se apresentam dados que mostram que o período pós-golpe foi marcado pelo aumento da violência no campo. Em 2016, o Brasil foi o país do mundo com maior número de assassinatos no meio rural. Em 2017, os conflitos no campo totalizaram 1.431 ocorrências, fruto da desestruturação da política agrária e rural brasileira pelo governo ilegítimo de Temer. A violência no campo esteve acompanhada de redução ao combate do trabalho escravo, paralisação da reforma agrária e pela não demarcação de terras indígenas.
Em Comunicação, apresenta-se uma leitura crítica do Brasil na imprensa internacional, que destacou como principal assunto a greve dos caminhoneiros. Também é abordado o posicionamento editorial da imprensa comercial em relação à absolvição da senadora e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, pelo Supremo Tribunal Federal e o uso do Instagram pelos pré-candidatos.
O Boletim fecha com a temática dos Movimentos Sociais, que trata de um período que ficou marcado por uma grande paralisação dos caminhoneiros em todo Brasil. O complexo movimento que parou o país e causou enormes filas nos postos de combustível em virtude do desabastecimento apresentou importantes sinais da conjuntura que precisam ser lidos e compreendidos.
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