Em nota, publicada na manhã do dia 26, o Partido dos Trabalhadores se solidarizou com a pré-candidata à presidência da República pelo PCdoB, Manuela d’Avila, após os ataques misóginos e covardes que ela sofreu em entrevista para o programa Roda Viva, da TV Cultura. Numa entrevista que poderia ser marcada por um debate de propostas e ideias, os entrevistados preferiram interromper a pré-candidata a todo momento, e chegou a escalar um membro da equipe do também pré-candidato Jair Bolsonaro para sabatinar Manuela. Na nota, o PT afirma que Manuela “foi gigante” e conseguiu, apesar “das dezenas de interrupções e do péssimo jornalismo, apresentar suas ideias sobre o Brasil, defender o ex-presidente Lula da injusta perseguição e se apresentar aos espectadores”.

A TV Cultura é uma televisão pública subordinada ao governo do Estado de São Paulo, governado pelo PSDB há mais de vinte anos. Nos últimos anos, o Programa que já foi um dos centros do debate de qualidade na TV aberta brasileira, tornou-se uma ferramenta política da direita, que escalou colunistas raivosos da grande mídia como apresentadores e passou a funcionar como uma espécie de palanque para políticos de direita e empresários, sempre tratados amigavelmente pela bancada, e de julgamento para figuras da esquerda e dos movimentos sociais, sabatinados numa espécie de interrogatório.

Ontem, no entanto, ficou evidente o machismo e a misoginia dos entrevistadores, que interromperam, segundo conta do PCdoB, mais de sessenta vezes vezes a pré-candidata. A base de comparação, o pré-candidato do PDT Ciro Gomes foi interrompido oito vezes em sua entrevista. Em suas redes sociais, a presidenta do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, classificou o ocorrido como “misoginia associada à intolerância fascista”, e também prestou solidariedade à Manuela d’Ávila.

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