O “teto de vidro” no Brasil é um problema que se manifesta na esfera pública e na esfera privada: trata-se da dificuldade enfrentada pelas mulheres de chegar a altos cargos de chefia ou de representação política, meios ainda dominados pelos homens.

No âmbito público, no ano de 2018, a chance de mulheres chegarem à presidência de estatais no Brasil é igual a de homens chamados Paulo ou Ricardo: das 79 Estatais brasileiras, somente 4 são presididas por mulheres.

Ainda, na Câmara dos Deputados, uma análise dos Deputados eleitos em 2014 mostra o perfil branco e masculino dos representantes brasileiros: 71,9% dos eleitos foram homens brancos, 14,4% homens pardos, 3,7% homens pretos, 8,0% mulheres brancas, 1,4% mulheres pardas e 0,6% mulheres pretas (Gemaa, 2014). Quadro semelhante é encontrado nas assembleias estaduais segundo o mesmo estudo.

No entanto, o percentual de mulheres (brancas e negras) candidatas era bem maior, o que mostra um problema na legislação brasileira que visa ser inclusiva: a Lei 9504/1997 prevê que em eleições proporcionais cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo. Porém, frequentemente essa regra é descumprida. E mesmo quando cumprida, levantamentos mostram que é forte a figura de candidatas-laranja: por exemplo, nove em cada dez candidatas que não obtiveram nenhum voto nas eleições municipais de 2016 (nem o próprio) são mulheres. Para as eleições de 2018, no entanto, o Supremo Tribunal Federal garantiu que pelo menos 30% dos recursos do fundo financiamento de campanha deve ir para as mulheres.

Na presidência da República, o país teve somente uma mulher, Dilma Rousseff, e que não completou seu segundo mandato. O Brasil teve até agora 37 presidentes desde a Proclamação da República e sete desde a redemocratização.

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