Com informações da Página 12

Em um dia histórico para a luta das mulheres, a Câmara dos Deputados da Argentina aprovou, na manhã de hoje (14), por 129 votos favoráveis contra 125, a descriminalização do aborto até a 14ª semana de gestação e estendeu o prazo em casos de estupro, risco de vida para a mãe e malformação fetal. Desde a meia-noite de quarta-feira, um corredor cercado cortou em duas a praça do Congresso e parte da Avenida de Mayo. À esquerda se manifestam os que se opõem ao aborto. À direita, os partidários de que esta prática deixe de ser feita na clandestinidade e seja legal, segura e gratuita.

Mulheres de toda a Argentina que acompanharam a sessão da Câmara dos Deputados festejaram o resultado na porta do Congresso, após uma sessão que durou cerca de 22 horas. “Aborto legal no hospital”, gritaram entre abraços, minutos depois que o presidente da Câmara, Emilio Monzó, confirmou a aprovação do projeto da campanha Nacional pelo Aborto Legal, Seguro e Gratuito.

Poucos imaginavam três meses atrás, quando o presidente Mauricio Macri abriu espaço para o debate, que a legalização do aborto seria aprovada em pelo menos uma das casas do Legislativo. Agora o projeto de lei segue para o Senado, mais conservador. Tudo indica que a lei será bloqueada ali, mas nada é certo nesta Argentina arrastada por uma onda feminista que fez do aborto legal uma de suas bandeiras.

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