Há 48 anos, ditadura libertou 40 em troca de embaixador alemão
Em 11 de junho de 1970, enquanto as atenções do país estavam voltadas para a Copa do México, o embaixador da Alemanha Ocidental, Ehrenfried von Holleben, era sequestrado no Rio de Janeiro.
Numa ação conjunta, a Ação Libertadora Nacional (ALN) e a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) conseguiram a libertação de quarenta presos políticos (incluindo vários participantes do sequestro do embaixador dos EUA, em setembro de 1969). O manifesto das organizações foi divulgado em rádio e TV.
Uma das militantes libertadas, Vera Sílvia Magalhães, sequer podia caminhar devido às sequelas das torturas.
Embora o sequestro passasse a impressão de que a guerrilha urbana seguia forte, a situação das organizações da luta armada era dramática. A VPR, idealizadora do plano, tinha tão poucos militantes que para realizar a ação teve de pedir ajuda à ALN, que colaborou com dinheiro, armas e quadros. A situação da VPR era tão precária que, confirmada a chegada dos companheiros a Argel, não havia carro para conduzir o embaixador ao local onde ele seria libertado. A Kombi reservada para a missão tinha sido rebocada por estacionamento em local proibido. A libertação teve de esperar 24 horas, à espera de um fusca. Ao se despedir dos sequestradores, Von Holleben afirmou: “Pensei que vocês fossem mais organizados”.
As informações desta matéria são do Memorial da Democracia <http://memorialdademocracia.com.br>, o museu virtual dedicado às lutas democráticas do povo brasileiro.
O Centro Sérgio Buarque de Holanda da Fundação Perseu Abramo têm, sob sua guarda, registros de uma das experiências mais importantes da classe trabalhadora na história recente do Brasil. O acervo pode ser pesquisado em: https://fpabramo.org.br/csbh/base-de-dados-do-csbh/
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