O machismo do “Encontro com o Futuro”, do MDB
O lançamento do documento “Encontro com o Futuro”, espécie de continuidade do documento “Ponte para o Futuro” e balanço do governo Temer, foi ofuscado pela paralisação dos caminhoneiros, que mostrou a fraqueza do governo atual e a fragilidade da retomada do crescimento econômico no Brasil. O documento defende as medidas impopulares adotadas por Temer e expressa o machismo presente em seu governo.
Sobre o machismo, ao analisar a política “equivocada” do governo Dilma – do qual o PMDB fez parte, o que estranhamente não é citado -, o documento aponta que “o sistema político e os homens de responsabilidade não podiam ficar passivos diante da ruína que se aproximava” (grifo nosso). É bastante significativo o documento que faz um balanço de um governo de homens brancos ricos e velhos eliminar do seu discurso as mulheres como atores dignos da esfera política, em pleno século 21.
O documento defende a continuidade de “reformas”, na mesma linha das realizadas pelo governo Temer (como a fiscal e trabalhista), que ampliam as desigualdades no Brasil, como forma de trilhar um crescimento econômico estável. Mas a tentativa desastrada de defender o “legado” do governo Temer como realiza o documento não convence a população, que sente os efeitos das políticas adotadas em seu dia a dia. O “futuro” defendido pelo documento mais se assemelha à volta ao passado, à volta de “vinte anos em dois” (como no desastrado slogan do governo), com a redução dos instrumentos do Estado para a redução das desigualdades.
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