A partir da sexta-feira (1º), uma série de atividades de mobilização e resistência deram voz à luta por representatividade da população LBT na cidade de São Paulo. A começar pelo lançamento nacional do Elas Por Elas LBT, na sede do PT Nacional, em São Paulo, que, com o tema “Espaços Políticos Plurais, as LBTs constroem um Brasil diverso”, apresentou as pré-candidatas lésbicas, bissexuais e trans do partido.

A representação na política é uma barreira enfrentada pelas mulheres e pela população LBT especialmente. Apesar de constituírem mais da metade da população do país, as mulheres ocupam somente 10,7% dos assentos no Legislativo Federal, sendo que nenhuma é autodeclarada LBT.

Diante desse cenário de baixa representatividade, o projeto Elas Por Elas, promovido pela Secretaria Nacional de Mulheres do PT, atua justamente para ampliar suas vozes, criar estratégias e ferramentas e fortalecer a participação e a diversidade em todos os ambientes políticos.

O lançamento do projeto aconteceu dentro do Seminário Nacional de Pré-Candidaturas LGBTs do PT, promovido pela Secretaria Nacional LGBT. O Brasil tem uma população LGBT estimada em 20 milhões de pessoas, no entanto, há apenas um deputado federal representante dessa diversidade no Congresso.

A falta de representatividade da comunidade LGBT não se reduz ao Poder Legislativo. De acordo com levantamento realizado pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), 377 pessoas LGBTs concorreram aos cargos nas eleições municipais de 2016. Desse total, apenas 25 vereadores e um prefeito foram eleitos, quatro a menos que em 2012.

Vivian Farias, da Fundação Perseu Abramo, participou da atividade e declarou seu “orgulho por estar naquele momento com Janaina e Anne (secretárias nacionais LGBT e de Mulheres, respectivamente) porque elas sabem o quanto é difícil fazer eventos ou ações ligadas a mulheres e LGBTs dentro do PT e por isso é muito importante esse espaço. Devemos ocupar todos os espaços”, disse.

O curso de Difusão da FPA voltado ao público LGBT foi lançado durante a atividade.

Marcha do Orgulho Trans da cidade de São Paulo
Também na sexta-feira aconteceu a Marcha do Orgulho Trans da cidade de São Paulo, no Largo do Arouche.

Uma pesquisa divulgada no ano passado pela organização civil Transgender Europe mostrou que o Brasil é líder em assassinatos de travestis e transexuais no mundo. Segundo o relatório da ONG, em números absolutos, 868 pessoas trans foram assassinadas no país, entre 2008 e 2016.

16ª Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo
Já no sábado, as mulheres lésbicas e bissexuais foram às ruas para resistir e lutar contra todos os tipos de opressão. Com o eixo “Somos Marielle: contra a criminalização da pobreza, o genocídio e a intervenção militar”, a 16ª Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo vai, mais uma vez, colocar as vozes e lutas contra qualquer tipo de injustiça social, violência e opressão.
Para homenagear esses 15 anos, a caminhada volta a ter seu trajeto inicial, que começará na praça Oswaldo Cruz e será finalizada com apresentações artísticas no Masp.

Parada do Orgulho do LGBT de São Paulo
A 22ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo aconteceu domingo (3), com concentração a partir das 10h em frente ao Masp, na Avenida Paulista.
Esta edição tem “Eleições” como tema, com o slogan “Poder para LGBTI+, Nosso Voto, Nossa Voz”.

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