Uma das diversas estatísticas de piora da qualidade de vida da população, desde a usurpação do poder pelo atual presidente da República, é a do aumento dos combustíveis. Desde maio de 2016, quando a ex-presidenta Dilma foi afastada do governo, até a semana passada, o preço médio real ao consumidor da gasolina subiu cerca de 12,7% (R$ 0,51 por litro) no país. O diesel subiu ainda mais, com aumento de 17,2% (R$ 0,56 por litro), já descontada a inflação.

Este aumento decorre da nova política de preços entreguista da Petrobras, posta em prática pelo atual presidente da companhia, Pedro Parente, e endossada pelo governo Temer. Ela é a origem direta da atual greve dos caminhoneiros, para a qual o governo sinalizou anteontem com medidas paliativas, como a redução do preço do óleo diesel para R$ 0,46/litro, por meio da desoneração dos impostos PIS/Cofins/ICMS/Cide. Esta opção de desoneração, provavelmente, indica futuros novos cortes no investimento e manutenção da estrutura logística e na seguridade social do país, ao invés de se dedicar à causa do problema, revertendo as atuais políticas de preço dos combustíveis e de desmonte da Petrobras.

A tabela a seguir demonstra os preços médios ao consumidor da gasolina e do diesel da semana em que a ex-presidenta Dilma foi afastada (12/5/2016), já deflacionados para abril de 2018 pelo IPCA, e na semana passada, bem como a variação real neste período por estado da federação. Em vermelho estão indicados os valores que se encontravam acima da média nacional. Nela, é possível perceber que os estados que apresentaram maior variação real no preço da gasolina foram Minas Gerais (crescimento de 19,5%), Amazonas (18,6%), Acre (16,2%) e Rio de Janeiro (16%). Já o óleo diesel subiu principalmente no Acre (22,9%), Goiás (21,2%), Minas Gerais (20,5%) e em Sergipe (19,9%).

O menor crescimento real proporcional da gasolina ocorreu em Roraima (4,6%), e o do diesel ocorreu no Amapá (10,4%) e no Amazonas (10,7%). Os estados onde a gasolina é vendida mais cara são Acre (a R$ 5,05/litro em média), devido à sua localização geográfica, Rio de Janeiro (R$ 4,84/l) e Minas Gerais (R$ 4,70/l). Os estados onde o diesel é vendido mais caro são Acre (R$ 4,72/l), Amapá (R$ 4,25/l) e Mato Grosso (R$ 4,11/l).

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