Na edição de maio do Boletim de Análise da Conjuntura, a seção Golpe contra a Estado faz uma análise das dramáticas consequências da intensa ofensiva do governo no desmonte da Petrobras em 2017, que hoje já começam a ser sentidas pela população.

Em Internacional, os temas são uma retrospectiva da desastrosa política externa nos dois anos do governo golpista de Michel Temer, além da reeleição de Nicolas Maduro na Venezuela e do plano de governo proposto na Itália depois do final das negociações entre os partidos vencedores das eleições de março, o Liga Norte e Movimento 5 Estrelas.

A perseguição jurídica contra o ex-presidente Lula, que demonstra como o Judiciário tem negado arbitrariamente recursos de sua defesa e cerceado seus direitos, é tratada na seção de Política e Opinião Pública, que traz ainda os últimos dados de pesquisas divulgados pelo instituto MDA, em parceria com a Confederação Nacional dos Transportes. O texto aborda também a reafirmação do PT em relação à pré-candidatura de Lula à presidência, além do quadro de fragmentação e indefinição em torno de uma candidatura da centro-direita.

Em Social são analisados os últimos dados sobre o mercado de trabalho brasileiro, com ênfase na expansão da subutilização da força de trabalho, na necessidade de uma regulamentação que garanta direitos aos trabalhadores e na questão de gênero na alocação do tempo da juventude brasileira.

Na seção de Economia, mostra-se que sem o crescimento que havia sido alardeado pelo governo, o quadro social que já era dos mais graves de história tende a se tornar mais agudo, conduzindo o país para uma campanha eleitoral incomum, na qual qualquer candidato que se alinhe às teses neoliberais deverá fracassar, enquanto Lula desponta a cada dia mais como a única esperança para reencontrar o rumo do desenvolvimento.

Na análise Territorial, os cerca de 260 mil novos trabalhadores ambulantes que surgiram no mercado de brasileiro em 2017 são o tema. Mais da metade destes estão nas regiões Norte e Nordeste, mas o crescimento ocorreu de norte a sul do país, principalmente no ramo da alimentação de rua. No entanto, esta alternativa ocupacional carrega consigo uma série de precariedades.

A seção de Comunicação analisa como os grandes grupos da imprensa tradicional camuflaram a crise política e social na divulgação do balanço de dois anos do governo Temer. Na mídia internacional, embora tenha caído significativamente o número de reportagens sobre o Brasil após a prisão do ex-presidente Lula, observa-se que ele ainda é o principal assunto. O texto aborda ainda como se alimentam as “fake news” nas redes sociais online.

Por fim, a análise de Movimentos Sociais aponta que as manifestações se reduziram, apesar da hercúlea mobilização na vigília de Curitiba seguir de pé. Assim, é preciso que se apresentem novas estratégias, e a tática do momento parece ser de fato a discussão de um projeto popular para o Brasil.

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