Eleição presidencial da Colômbia terá segundo turno
O resultado do primeiro turno da eleição presidencial na Colômbia, ocorrido no dia 27 de maio, levou à realização de um segundo turno marcado para o dia 17 de junho. O comparecimento às urnas foi de 53% do eleitorado, quase 10% a mais do que na eleição passada em 2014. O voto não é obrigatório na Colômbia.
Os presidenciáveis que disputarão o segundo turno serão o direitista Ivan Duque, do Centro Democrático, apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, que obteve 39,1% dos votos e, pela primeira vez na história, um candidato de esquerda, Gustavo Petro, pela coalizão “Colômbia Humana” que alcançou 25,1% dos votos.
Os três candidatos colocados a seguir foram o independente Sergio Fajardo, ex-prefeito de Medelin e ex-governador do estado de Antioquia, apoiado pelo Polo Democrático Alternativo com 23,8% dos votos, outro direitista, Germán Vargas Lleras, com 7,23% e Humberto de la Calle, o negociador pelo governo dos acordos de Havana, candidato do Partido Liberal com pouco mais de 2% dos votos.
Este resultado aponta para uma disputa acirrada no segundo turno, pois embora Ivan Duque tenha saído na frente, os seus votos somados aos de Lleras representam 46,3%, enquanto a soma dos votos de Petro, Fajardo e La Calle representam pouco mais de 50% dos votos. Isto é, se o ex-prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, conseguir costurar o apoio destes candidatos que são anti-uribistas, considerando que seu perfil nunca foi de muita composição política.
Caso a aliança ocorra, também depende da capacidade destes candidatos de conseguir transferir seus votos. Outro fato que pode pesar ou não, será a repercussão da divulgação de informações do Departamento de Estado dos Estados Unidos sobre as preocupações da embaixada estadunidense entre os anos 1992 e 1995, que apontavam para o envolvimento de Álvaro Uribe com o narcotráfico colombiano por meio de suas relações com o clã Ochoa e o financiamento de sua campanha a senador na época.
De qualquer forma, apesar das dificuldades que enfrentará e da campanha suja da direita, nunca a esquerda na Colômbia esteve tão perto de conquistar a presidência do país.
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