Reino Unido: Partido Trabalhista é o grande vencedor das eleições
Na última quinta-feira, dia 3 de maio, ocorreram em todo Reino Unido as eleições locais. O que estava em disputa eram mais de 4.300 cadeiras e 150 círculos eleitorais que abrangem conselhos distritais e municipais, por exemplo. O Partido Trabalhista pode ser visto como o principal vencedor: conquistou 2.350 lugares, 77 a mais do que no último pleito. Logo em seguida, o Partido Conservador teve uma baixa de 33 assentos e ficou com 1.332, porém o maior perdedor foi o Partido de Independência do Reino Unido que obteve apenas três cadeiras, perdendo 123.
Tanto os trabalhistas, de Jeremy Corbyn, como os conservadores, da primeira-ministra Theresa May, comemoraram os resultados. Os primeiros, apesar de não terem obtido bons números em locais tradicionalmente mais conservadores, como o município de Westminster, tiveram conquistas importantes em cidades grandes, sobretudo em Londres onde bateram sua melhor marca desde os anos de 1970. Já os conservadores ficaram aliviados com o resultado já que, nas últimas eleições, eles apostaram na vitória expressiva mas acabaram perdendo sua maioria no Parlamento e, agora, apesar de uma baixa, mantiveram conselhos relevantes, como o de Wandsworth.
Por outro lado, o Partido da Independência, conhecido popularmente por UKIP (sua sigla em inglês) amargou uma terrível derrota. Este já foi visto, em um passado recente, como o terceiro maior partido do Reino Unido e também abocanhou uma grande vitória quando o referendo em relação a saída britânica da União Europeia terminou com o “sim”.
Ao que tudo indica, o tema Brexit e as questões relacionadas a esse tema, como por exemplo a imigração, ainda são os principais eixos para a corrida eleitoral e dominam a política. Os locais nos quais os trabalhistas, que são opositores à saída, obtiveram melhores resultados foram justamente onde o Brexit foi rechaçado. E os impasses em relação às negociações deste, o que gera descontentamento naqueles que votaram pelo “sim”, podem explicar a decadência do UKIP, que foi o maior apoiador do Brexit, bem como algumas das perdas dos conservadores que, talvez, só não tenham sido maiores pela transferência de votos do primeiro para o último.
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