Pesquisas e dados denunciam fracasso do neoliberalismo
Nos últimos dias foram publicadas diversas pesquisas de opinião (DataFolha, Vox Populi, Ipsus) que demonstraram de forma inequívoca a resiliência e a força de Lula e do PT, a despeito da campanha jurídico-midiática que desde 2013 não descansa sua artilharia contra o partido e seu maior líder.
Além disso, todos aqueles que se envolveram na trama sórdida do golpe contra Dilma Rousseff também definharam aos olhos da opinião pública, especialmente os que se mantiveram na base do governo Temer. Meirelles, Paulo Rabelo de Castro, Rodrigo Maia e o próprio Michel Temer rastejam nas pesquisas, numa acirrada disputa pela lanterninha.
O povo não é bobo. Mesmo com todos os grandes grupos de mídia empenhados em demonstrar a correção da política econômica conduzida pelo “dream time” do governo Temer, mesmo com toda a propaganda enganosa a respeito das supostas virtudes das “reformas”, mesmo com a sucessão de projeções fantasiosas sobre a retomada do crescimento econômico, a população demonstra ter plena consciência da grave crise na qual estamos metidos. O alastramento do desemprego e da subocupação, que hoje alcançam 26 milhões de trabalhadores (1/4 da força de trabalho!), de uma forma ou de outra bate à porta da enorme maioria dos brasileiros e não haveria porque imaginar que uma realidade crua como esta pudesse ser disfarçada com visitas do presidente da República a ratinhos da TV ou com louvores ao neoliberalismo nas rádios que socam notícias.
O fato é que o PIB vai mal. Muito mal. Depois de despencar quase 8% entre 2015 e 2016 e registrar uma discreta marolinha no fundo do poço em 2017, a produção nacional parece ainda patinar neste início de 2018, desafiando as projeções de retomada que vinham sendo trombeteadas pelos arautos do neoliberalismo nativo.
A contar pelos números do mais confiável indicador antecedente do PIB de que dispomos – o IBC-Br do Banco Central – depois de uma queda de 0,65% em janeiro, foi registrada estagnação da economia no mês de fevereiro (0,09%), o que contrariou as expectativas dos homens de mercado (dentro e fora do governo) e assustou o time do “agora vai”.
Não foi e não irá. Simplesmente porque nenhum componente da demanda agregada (consumo, investimento, gastos governamentais e comércio exterior) dispõe de vigor suficiente para impulsionar os demais.
Nesse quadro de anemia econômica e com um governo duplamente inerte (por convicção ideológica e por incapacidade operacional) não deveria, portanto, haver razão para tanta surpresa com as pesquisas de opinião. Ao menos entre aqueles que dependem do trabalho para viver, sobram motivos para perceber que os governos do PT foram infinitamente melhores para o país, para a economia e para suas próprias vidas.