No último sábado, 14 de abril, setecentas famílias do Movimento Sem Terra (MST) ocuparam a fazenda São João das Pedras, em Valinhos, interior de São Paulo. A concentração das famílias, denominada “Marielle Vive”, em homenagem à vereadora assassinada no Rio de Janeiro, ocorre em uma região de terra atualmente improdutiva e alvo de especulação imobiliária. O MST reivindica a terra para a Reforma Agrária, visando o cultivo de alimentos agroecológicos.

A ocupação integra a Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, que teve início no dia 10 de abril e se encerra no dia 17, Dia Internacional de Luta pela Terra. O movimento luta nesta jornada pela criação de assentamentos para mais de 120 famílias que aguardam o processo, que tem se tornado cada vez mais complicado e moroso desde o golpe.

No Dia Internacional de Luta pela Terra o MST também relembra os 22 anos de impunidade do Massacre dos Carajás, quando 21 integrantes do MST foram mortos pela Polícia Militar na luta pela Reforma Agrária. A ocupação se insere no quadro maior da luta pela reforma agrária, contra o golpe que completa dois anos e integra também o movimento Lula Livre, exigindo sua liberdade.

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