Eleições parlamentares na Hungria reafirmam xenofobia
As eleições para compor o parlamento de 199 cadeiras na Hungria ocorreram no dia 8 de abril. Pela terceira vez, o partido Fidesz, do primeiro ministro direitista e conservador, Victor Orban, sagrou-se vencedor com 48,5% dos votos. Mais uma vez, aliado ao partido de extrema direita, Jobbik, que obteve 19,5%, ele domina mais de dois terços do Parlamento e pode aprovar o que quiser, inclusive mudanças constitucionais, sem negociar com a oposição.
Na campanha eleitoral Orban apresentou-se como o candidato que protege a Hungria dos imigrantes, pois reduziu sua chegada nos últimos anos de mais de cem mil por ano, originários principalmente do Oriente Médio, para algo em torno de três mil. As medidas de seus dois governos anteriores foram a detenção e expulsão sumárias de refugiados, construção de uma cerca na fronteira sul do país e uma ostensiva recusa de seguir orientações da Organização das Nações Unidas (ONU) e da União Europeia quanto ao acolhimento de imigrantes, principalmente os refugiados de conflitos como o da Síria.
O voto não é obrigatório na Hungria e o comparecimento dos eleitores foi de 60%. Os demais partidos que estarão representados no Parlamento são, pela ordem, os social democratas do MSZP, os Verdes e os liberais.
Às vésperas da eleição, divulgou-se pela imprensa europeia que Orban provavelmente venceria a eleição, mas sem alcançar a maioria de dois terços que manteve ao longo de oito anos, pois o partido liberal estaria crescendo. No entanto, esta informação refletia mais um desejo do que a realidade e se devia ao mal estar que governos de extrema direita como o da Hungria e Polônia estão provocando atualmente junto às autoridades da União Europeia por não obedecerem as diretrizes do bloco, como no caso dos imigrantes, e também no exercício de nacionalismos que não contribuem para a integração europeia, ainda mais num momento em que se negocia o Brexit, a saída da Inglaterra da UE.
Ou seja, a xenofobia e o nacionalismo de extrema direita continuarão influentes no velho continente por muito tempo.
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