Começou no dia 30 de março a “Grande Marcha do Retorno”, uma manifestação dos palestinos contra a ocupação israelense de suas terras. Apesar de ser uma reivindicação legítima, o exército de Israel não poupou balas nem falácias para frear a marcha. O número de palestinos mortos já chega a 16, além dos milhares feridos, e a culpa pela repressão sangrenta é jogada nas costas dos próprios palestinos, que estariam realizando protestos provocativos e perigosos na visão sionista.

A origem do conflito nos remete a 1948, logo após o término da Segunda Guerra Mundial. O território da Palestina estava sob domínio Britânico e era habitado há séculos pelos árabes. Os judeus haviam passado pelos horrores do nazismo, e o sionismo (que defende a criação de um Estado judaico e sua autodeterminação) ganhava força. Para evitar uma massiva imigração de judeus a seus territórios e também para tentar reparar minimamente o holocausto, os países vencedores da guerra, com o aval da Organização das Nações Unidas, decidiram criar o Estado de Israel na região da Palestina, já que ali estava a origem do povo hebreu.

Porém, nada disso levou em consideração a vontade ou a vida dos palestinos, que, praticamente de um dia para outro, viram-se desapropriados de suas terra. As forças israelenses vêm desde então tentando aumentar seu território e expulsar de uma vez por todas os palestinos, levando a consecutivos massacres. É sobre isso que a marcha se expressa. Seu início, no dia 30, é o Dia da Terra, quando seis manifestantes palestinos foram assassinados por Israel em 1976 por não aceitarem o confisco de suas terras. O seu término está previsto para dia 15 de maio, que marca a expulsão dos palestinos em 1948 para a criação do Estado israelense.

A marcha, que conta com mais de 17 mil pessoas, está sendo brutalmente reprimida. Apesar de a história estar do lado dos palestinos, legitimando a vontade de retornar para as terras que lhes foram usurpadas, as grandes potências, sobretudo os Estados Unidos, estão do lado israelense garantindo os meios e apoio para o exército sionista reprimir a marcha. Ao povo palestino resta a dor, a revolta e seguir lutando por seus direitos. A comunidade internacional não pode continuar omissa a esta realidade.

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