Os ônibus que compõem a caravana do ex-presidente Lula foram atingidos por três tiros, ontem (27-03), no Paraná. O ataque ocorreu entre as cidades de Quedas de Iguaçu e Laranjeiras do Sul.

Dois dos disparos atingiram os dois lados da lataria de um dos ônibus, o que transportava a imprensa. Outro tiro pegou de raspão no vidro do mesmo veículo, que também teve dois dos pneus furados por “miguelitos” (pregos em formato de v) lançados na estrada. O outro tiro atingiu o ônibus que transportava convidados do ex-presidente. O ônibus de Lula não foi atingido e ninguém se feriu.

A terceira rodada da caravana de Lula, agora pelo Sul, foi marcada por episódios de violência e atentados políticos ao ex-presidente. Homens armados foram flagrados em atos da caravana em algumas cidades do Sul do país.  Rojões foram encontrados em carros que seguiam a caravana. Pedras, paus e ovos foram atirados durante os atos, deixando participantes feridos. Houve tentativas de açoitamento com chicotes aos atos públicos e trancamento de estradas para que a caravana não prosseguisse. Dessa vez usaram armas de fogo para intimidar o avanço de Lula e sua comitiva.

Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, vinha pedindo proteção às autoridades do Paraná, único trecho em que a caravana não foi escoltada por policiais. “Desde o Rio Grande do Sul temos alertado as autoridades, mandamos ofício ao ministro da Segurança Pública informando nosso roteiro e pedindo policiamento, mas ainda assim não temos segurança. Agora, aconteceu o cúmulo: nossa caravana foi vítima de emboscada, um atentado. Essas pessoas querem matar o presidente Lula”, disse a senadora.

Após o ataque de ontem, a Polícia Militar foi acionada e foi feito boletim de ocorrência. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná afirmou que será aberto inquérito para apurar o caso. A caravana fecha seu roteiro hoje, em ato programado em Curitiba. O deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) também estará na cidade.

A milícia armada que disparou ontem contra a caravana de Lula se orienta pela mesma lógica da que matou a vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro. É uma postura radical e agressiva que extrapola o nível da discordância e protesto político e busca eliminar qualquer diferença de opinião. O Brasil de hoje beira o fascismo e a democracia está ameaçada.

Os ataques à caravana de Lula expressam a intolerância política e ódio, segundo Lula: “O que eu estou vendo agora é quase o surgimento do nazismo.  O que estamos vendo agora não é política, porque se quisessem derrotar o PT, iriam para as urnas”. Lula lidera as pesquisas de intenção de voto, com mais de um terço da preferência popular.

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