Os analistas de mercado começam a rever suas previsões de crescimento para 2018, antes estimada em 3%. A razão é que o motor da retomada que havia sido apontado pelos analistas – o consumo – pode decepcionar, devido ao crescimento da informalidade no país.
O ano de 2017 caracterizou-se pela queda das taxas de desocupação, mas com perda de postos de trabalho formal e ampliação da informalidade.

Um estudo da consultoria de Affonso Celso Pastore mostra que o salário dos trabalhadores sem carteira e conta própria corresponde a cerca de metade do ganho dos trabalhadores formais, o que obviamente impacta as decisões de consumo dos trabalhadores.
Para 2018, apesar de em janeiro e fevereiro o saldo de geração de vagas formais tenha sido positivo (respectivamente 77,8 mil e 61 mil), segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a informalidade continua muito alta e segue sendo a marca da queda das taxas de desocupação no país.
Além disso, mesmo entre as vagas formais geradas no país os trabalhadores perderam bastante com a precarização de direitos ocasionada pela reforma trabalhista que entrou em vigor em novembro de 2017, pois hoje são consideradas formais contratações antes ilegais, como os contratos intermitentes: apesar de ocupados, trabalhadores nesse tipo de ocupação, com menores salários, obviamente têm suas decisões de consumo impactadas.

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