O senador Aécio Neves (PSDB-MG) não deve disputar eleições para nenhum cargo em outubro deste ano. Denunciado no STF por corrupção passiva e obstrução de justiça, e investigado por diversos outros crimes, o senador admitiu a seu grupo político que não irá à campanha, nem para garantir foro privilegiado. Aécio Neves foi um dos principais responsáveis pelo golpe de 2016 e pela imensa crise política desencadeada após não ter aceitado sua derrota eleitoral nas eleições presidenciais de 2014, vencidas por Dilma Rousseff. Com a decisão de Aécio, o candidato tucano ao governo mineiro será o também senador Antonio Anastasia.

Aécio é acusado de ter recebido propina de dois milhões de reais do grupo J&F, de ter maquiado dados da CPMI dos Correios em 2005 para esconder a relação entre o mensalão mineiro e o Banco Rural, por recebimento de vantagens indevidas da empreiteira Odebrecht, entre outros. O senador chegou a ter seu mandato cassado pelo STF, decisão revertida no Congresso Nacional.

Desde que tais denúncias vieram à tona, Aécio vê seu nome como um dos mais rejeitados pela opinião pública, junto de Michel Temer. Em outubro de 2017, o Instituto Ipsos apontou rejeição de 93% e 95%, respectivamente. Se perder seu mandato, as denúncias contra o senador tucano devem ser encaminhadas para a primeira instância, visto que terá perdido seu foro privilegiado. Com isso, caberá à justiça mineira investigá-lo. Sua influência política, no entanto, deve se fazer presente na disputa eleitoral para o governo do estado de Minas Gerais, onde seu aliado Anastasia disputará com o atual governador Fernando Pimentel (PT).

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