Na noite dessa quarta-feira, 14 de março, Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL, foi covardemente assassinada com nove tiros, que também mataram seu motorista, Anderson Gomes. Marielle era mulher negra, defensora dos direitos humanos, da luta antirracista, antimachista e antiLGBTfóbica, e havia sido a quinta parlamentar mais votada nas eleições de 2016.

Em nota, a Executiva Nacional do PSOL exigiu apuração imediata e rigorosa do assassinato, que foi cometido no bairro do Estácio por criminosos que emparelharam com o carro de Marielle, efeturaram os disparos e fugiram sem levar nada. De acordo com o deputado estadual Marcelo Freixo, também do PSOL, todas as características do crime são de uma execução.

Marielle era socióloga, veio do complexo da Maré e denunciava os frequentes abusos policiais sofridos pelo povo carioca, em especial pela população negra. No dia 28 de fevereiro, a vereadora havia se tornado relatora da comissão da Câmara Municipal do Rio de Janeiro destinada a acompanhar a intervenção federal decretada por Michel Temer no estado. No dia 10 de março, a vereadora havia denunciado em suas redes sociais os abusos cometidos pelo batalhão Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro em Acari, bairro da Zona Norte da capital fluminense, incluindo o assassinato de dois jovens.

Em notas assinadas pela presidenta do partido, Gleisi Hoffmann, pelas suas bancadas do Senado e da Câmara dos Deputados, além do diretório estadual do RJ, o PT se solidarizou com os familiares e amigos de Marielle, e com seus companheiros do PSOL, cobrando a apuração do crime, visto que tudo aponta para uma execução. Os ex-presidentes Lula e Dilma também se manifestaram, destacando que o crime atinge a democracia brasileira e exige investigações. Hoje o movimentos social convoca atos por todo o país.

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