Apesar das fanfarronices midiáticas e das esquisitices de sua política externa, Donald Trump segue firme em seu propósito de fortalecer a produção e o emprego nos EUA. Desta vez, usou sua caneta para vetar a aquisição da companhia Qualcomm – produtora norte-americana de semicondutores que está desenvolvendo chips 5G – por uma concorrente de Singapura (a Broadcom).

Esta é a segunda vez que o presidente dos EUA age para bloquear negócios entre companhias privadas por entender que colocam em risco a segurança nacional. Em setembro de 2017, usou da mesma prerrogativa para impedir que uma empresa estatal chinesa abocanhasse outra desenvolvedora de semicondutores dos EUA (a Lattice).

Do outro lado do Atlântico, o francês Macron, a despeito de sua retórica liberal, também não titubeou e achou melhor estatizar o estaleiro francês STX para impedir que ele fosse comprado por um concorrente estatal italiano – sócio dos chineses.

Já por aqui, a desfaçatez corre solta. O rentismo cosmopolita que governa com Michel Temer, antes de defender a produção nacional, empenha-se em vender o que ainda resta de pé na nossa combalida economia. Depois de acabarem com o regime de partilha e leiloarem para as estatais da Noruega, da China e da França algumas joias do Pré-Sal, vangloriam-se agora de pavimentar a fusão da gigante Boeing com a nossa valorosa Embraer – talvez o último rincão da manufatura de alta tecnologia em que nós ainda tivéssemos alguma presença. É o fim da picada! Um crime a céu aberto contra os interesses nacionais.

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