Em meio a escândalos, Planalto admite redução na base aliada
Após ter seu sigilo bancário quebrado pelo Supremo Tribunal Federal e ver seu governo mais uma vez sob a mira da Justiça, o presidente golpista Michel Temer depara com nova redução no número de aliados dentro do Congresso Nacional. Seu governo, que chegou a ter uma ampla coalizão capaz de aprovar medidas como a Emenda Constitucional 95, que congelou investimentos em Saúde e Educação, é apoiado por um número cada vez menor de parlamentares, fator decisivo para não conseguir votar a Reforma da Previdência. Antigos aliados se descolaram do Planalto e passaram a flertar com possíveis candidatos à sucessão de Temer, de modo a não serem afetados pela rejeição quase unânime do presidente golpista.
Temer e seus aliados são investigados em dois inquéritos: na Lava-Jato, o presidente foi incluído no processo que investiga Moreira Franco (MDB-RJ) e Eliseu Padilha (MDB-RS), acusados de pagamento de propina pela Odebrecht à Secretaria de Aviação Civil, chefiada pelos dois emedebistas entre 2013 e 2015; no outro inquérito, Temer, Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR) e o coronel João Baptista Lima são acusados de recebimento de propina na promulgação de um decreto sobre portos que teria beneficiado a empresa Rodrimar no porto de Santos. Rocha Loures ficou conhecido por ter sido flagrado com uma mala contendo 500 mil reais oriundos de propina do grupo J&F.
Em meio a essas denúncias, o Planalto vê seu apoio cada vez menor dentro do Legislativo e, consequentemente, sua capacidade de emplacar um sucessor se torna cada vez mais reduzida. Dentro da antiga base aliada, duas pré-candidaturas já foram lançadas: a do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a do tucano Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Do lado do Planalto, ventila-se uma possível candidatura do ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que é filiado ao PSD, mas negocia com o MDB, além da candidatura do próprio Temer. Nos próximos meses, ficarão claras quais pré-candidaturas são apenas balões de ensaio para ganhar mais espaço dentro das coligações e quais realmente serão registradas até o prazo, dia 15 de agosto.
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