A reportagem publicada no dia 26 de fevereiro faz uma rápida análise sobre a relação de sedução do segundo colocado nas pesquisas eleitorais com os mercados financeiros. O início do texto informa que no dia 6 de fevereiro Bolsonaro se apresentou para 170 empresários e 2.800 investidores que seriam, segundo a publicação, a nata dos mercados financeiros da América Latina. A jornalista afirma que no encontro Bolsonaro tentou esconder o seu pouco conhecimento sobre a economia.

Quando visitou Nova Iorque, o candidato de extrema direita foi considerado um candidato “para se levar a sério”, segundo um dos operadores do mercado que o considera como um político “pró-business”. Para a jornalista autora do artigo, o mais impressionante é a atração dos mercados financeiros por um personagem que caberia facilmente no papel de “Marine Le Pen do Brasil” ao invés de um “Ronald Reagan 2.0”.

O texto tem acidez. Afirma que Bolsonaro é homofóbico, racista e machista. Lembra também que há dois anos ele homenageou um dos maiores torturadores da ditadura militar, junto à recordação o texto diz que Bolsonaro se apresenta como o “Trump tropical”, um ultraliberal sem complexo.

Diferente das publicações da imprensa tradicional brasileira, o artigo utiliza fatos do passado para apontar contradições das posturas atuais de Bolsonaro, como em 1999 quando ele disse que fuzilaria FHC em função da privatização da Vale e, no entanto, agora, orientado por economistas, ele se diz a favor de privatizações e de reformas estruturais. O texto ainda questiona o posicionamento do mercado financeiro de uma forma como quase nunca acontece nos jornais daqui: os mercados que saúdam as demissões em massa não têm reputação de serem grandes militantes dos direitos humanos. São eles de extrema direita? A pergunta é respondida pelo economista Thiago Vidal, da Prospectiva Consultoria. Ele diz que os mercados estão testando Bolsonaro.

Na verdade, o candidato favorito do mercado, segundo a publicação, seria Geraldo Alckmin. O tucano é classificado como um “representante da direita republicana” que continua a patinar nas pesquisas. Nem a possibilidade de cassarem o direito de Lula ser candidato refrescou a vida de Alckmin, mas foi comemorada pelos mercados que, de acordo com o texto, perseguem Lula como um “perigoso comunista” apesar dos altos lucros alcançados por banqueiros e empresários durante os seus governos.

Para Thiago Vidal, que trabalha com a possibilidade de Lula não poder ser candidato, Jair Bolsonaro tem poucas chances de vencer as eleições: “se ele adotar realmente um tom ultraliberal para agradar aos mercados, ele perderá o voto do eleitorado popular; caso contrário, os mercados vão deixá-lo”.

A íntegra da reportagem está disponível no site do jornal.

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