Agrotóxicos: na contramão do desenvolvimento sustentável – 2
Em julho de 2017, estudantes de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG) entoavam o lema “menos amor, mais agrotóxico”. Os estudantes da UFG defendiam o uso do glifosato que atualmente passa por uma reavaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Brasil, o glifosato é o agrotóxico com maior número de vendas e sua liberação vem sendo questionada pelo Ministério Público.
Organizações internacionais como Greenpeace e World Wildlife Fund (WWF) advogam contra o seu uso, devido aos seus possíveis efeitos negativos para a saúde humana. Para se ter uma ideia, o estado da Califórnia proibiu o uso da substância por afirmar causar câncer. A empresa Monsanto, que comercializa o glifosato, tem sofrido vários processos na corte de São Francisco (Estados Unidos) de pessoas que enfrentam hoje a doença causada pelo agrotóxico. A Organização Mundial da Saúde também afirmou que este herbicida é potencialmente causador de câncer.
No Brasil, os estudantes adeptos ao uso de agrotóxicos são ligados aos ideais da revolução verde iniciados nos anos 1970, período no qual não havia limites para o crescimento da produção agrícola. Ao contrário dessa corrente, os que acreditam em um mundo ambientalmente sustentável caminham defendendo os princípios da agroecologia e da produção de produtos orgânicos, conforme protagonizados na Política Nacional de Agricultura Familiar regulamenta a Lei 11.326, de 2006.