Com a possibilidade cada vez maior da Reforma da Previdência ser adiada, desta vez para a próxima legislatura, que se inicia em 2019, o ministro-chefe da Secretaria de Governo admitiu que o Planalto não possui votos para aprovar a Reforma, prevista para ser votada no dia 19 de fevereiro. Por ser uma Proposta de Emenda Constitucional são necessários 308 votos em dois turnos de votação para aprová-la. Tal fato confirma que Temer não consegue reorganizar sua base de apoio parlamentar, que não se dispõe a aprovar algo tão impopular quanto o desmonte da Previdência em pleno ano eleitoral, mesmo após terem livrado Temer de duas investigações.

As contas divulgadas pelo governo golpista apontam que hoje cerca de 240 deputados votariam a favor da Reforma. O número é inferior aos que livraram Temer da segunda denúncia (251), sendo que nenhuma das duas somas seria capaz sequer de aprovar um Projeto de Lei Complementar, que para ser aprovado precisa de maioria absoluta dos votos (257). Desde então, o Planalto chegou a promover uma reforma ministerial, ampliando os cargos cedidos a partidos do centrão, como o PP. No entanto, tais movimentos se deram apenas para manter deputados na base, e não para ampliar o número de aliados.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já afirmou que se a Reforma não for aprovada em fevereiro, poderá ser retirada da pauta da Câmara. As declarações de Maia vieram em resposta a uma fala de Temer, que afirmou “ter feito sua parte”, transferindo a responsabilidade para o Legislativo. Os deputados que temem perder votos se aprovarem o desmonte da Previdência Social tentam recuperar o prejuízo após terem aprovado a PEC da Morte, que congela os investimentos públicos, o desmonte das leis trabalhistas e o duplo arquivamento das denúncias contra Michel Temer.

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