Os dados confirmam que a crise no mercado de trabalho levou a uma precarização do mesmo, com a ampliação do emprego informal e do trabalho doméstico. Também, a mais alta taxa de desemprego anual na história mostra que para os trabalhadores brasileiros a crise ainda está longe de acabar.

A taxa de desocupação no Brasil no último trimestre do ano (outubro a dezembro de 2017) ficou em 11,8%, 0,6% menor que o trimestre anterior (julho a setembro) e estável em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Com isso, a média da taxa de desocupação do ano de 2017 foi de 12,7%, a taxa mais alta da série histórica, como mostra o gráfico abaixo.

Taxa de desocupação anual média – PNADC

Destacamos ainda que a população desocupada no país caiu 5% em relação ao trimestre anterior e se manteve estável em relação ao mesmo trimestre no ano anterior. Mas de 2014 a 2017 a média anual de desocupados cresceu de 6,7 para 13,2 milhões. Já a população ocupada cresceu 0,9% em relação ao trimestre anterior e 2% em relação ao mesmo trimestre no ano anterior.

O emprego com carteira assinada não mostrou melhorias, ficando estável em números em relação ao trimestre anterior e caindo 2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Comparando novamente as médias anuais de 2014 para 2017 houve uma queda de 3,3 milhões. Já o número de empregados sem carteira ficou estável em relação ao trimestre anterior e subiu 5,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Comparando as médias anuais de 2014 e 2017, em 2017 há 330 mil pessoas a mais nesse contingente.

Entre os trabalhadores por conta própria, houve crescimento de 1,3% em relação ao trimestre anterior e alta de 4,8% em relação ao mesmo trimestre no ano anterior. Aponta o IBGE que, nas médias anuais, em 2012, o trabalho por conta própria envolvia cerca de 22,8% dos trabalhadores (20,4 milhões) e, em 2017, passou a representar 25% (22,7 milhões). Também ampliou a categoria de trabalhadores domésticos em relação ao trimestre anterior e mesmo trimestre no ano anterior, bem como aumentou a média anual de trabalhadores domésticos entre 2014 e 2017.

O rendimento médio real habitual ficou estável na comparação com o trimestre anterior e com o mesmo trimestre no ano anterior. Já a massa de rendimento real habitual cresceu em relação ao trimestre anterior e em relação ao mesmo trimestre de 2016. Contra 2012, o valor da massa de rendimento médio habitual de 2017 cresceu 6,8%, mas contra 2014 caiu 0,9%.

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