O Instituto Datafolha divulgou hoje a primeira pesquisa realizada após a condenação injusta do ex-presidente e Lula permanece líder, com 37% das intenções de voto. O levantamento foi feito entre os dias 29 e 30, já sob o impacto da condenação, e Lula lidera em todos os cenários em que sua candidatura é apresentada, com taxas de 34% a 37%.

Mesmo condenado em segunda instância e com forte exposição negativa na mídia, Lula manteé sua força eleitoral inabalável. Na pesquisa anterior do mesmo instituto, de dezembro de 2017, Lula tinha 36% das intenções de voto. A oscilação está dentro da margem de erro.
Jair Bolsonaro (PSC) é o nome que aparece na segunda posição, variando de 16% a 18% das intenções de voto. Os demais candidatos disputam acirradamente, ainda sem posição definida: Marina Silva (Rede), com intenções de voto entre 8% a 10%, Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) de 6% a 7% e Luciano Huck, ainda sem partido, 6%.

Considerando apenas os votos válidos, no cenário menos favorável, Lula tem hoje cerca de 40% das intenções de voto, Bolsonaro 19%, Marina 10%, Alckmin, Ciro e Luciano Huck, 7% cada. No cenário mais favorável para Lula, ele obteria 44% dos votos válidos.

Se Lula não puder ser candidato, a maioria de seus eleitores hoje anularia o voto ou votaria em branco, a taxa de votos brancos e nulos sobe de 14% a 19%, em cenários com Lula, para 24% a 32% sem seu nome na disputa. Eleitores de Lula não parecem dispostos mudar seu voto. Observando apenas seu eleitorado, a maior parcela dos votos (31%) serão brancos e nulos, 15% migram para Marina Silva, 14% votam em Ciro Gomes, 8% em Luciano Huck, 7% em Jair Bolsonaro e 6% em Geraldo Alckmin.

Essa é maior taxa de votos brancos e nulos que o instituto já apurou. No início de em 2014, após os protestos de junho de 2013, havia apurado 19% de votos brancos ou nulos, sendo a maior taxa até então, mesmo índice obtido nas urnas em 1998, na reeleição de Fernando Henrique. É provável que se essa eleição ocorrer sem a presença de Lula o número de votos nulos ou em branco atinja seu recorde, em claro sinal de repúdio às manobras jurídicas e midiáticas para impedir a candidatura do melhor presidente que o Brasil já teve.

A própria Folha, responsável pela pesquisa, preferiu desprezar o principal resultado do levantamento em sua manchete, o de que Lula lidera em todos os cenários. Optou por forçar a manchete que “Sem Lula, Bolsonaro lidera e quatro disputam o segundo lugar”, liderança forjada e tecnicamente insignificante, com apenas um ponto fora da margem de erro (18%) sobre Marina (13%) e os demais candidatos, omitindo que a verdadeira liderança, Lula, tem o dobro das intenção de votos (34%).

Sem Lula, o crescimento das chances dos candidatos em disputa é ínfimo. A intenção de voto em Bolsonaro sobe de 18% para no máximo 20%, as chances de voto em Marina ficam entre 13% e 16%, Ciro Gomes conquista de 10% a 13% dos votos, Alckmin não passa de 11% e Luciano Huck obtém 8%.

Lula venceria qualquer candidato em segundo turno, com 49% das intenções de voto contra Bolsonaro (32%) e Alckmin (30%) e com 47% contra Marina, que obtém 32%. Sem Lula no segundo turno, a disputa se acirra. Bolsonaro perde para Marina (42% a 32%) e empata tecnicamente com Alckmin (35% a 33%).

 

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