2017 terminou com 20.832 empregos formais a menos
Os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira (26) revelam que terminamos 2017 com 20.832 empregos formais a menos do que tínhamos em dezembro de 2016. Com isso, pelo terceiro ano consecutivo registrou-se uma contração do mercado de trabalho formal do país, o que é um dado bastante grave e que não se verificava desde a década de 1990.
Mais preocupante do que o número absoluto, entretanto, são os resultados observados nos distintos setores da economia. As atividades industriais, por exemplo, onde se concentram os empregos de maior qualidade, registraram perdas elevadas em 2017, com a indústria de transformação fechando quase 20 mil postos de trabalho e a construção civil eliminando outras 104 mil vagas.
Já os setores que apresentaram em 2017 saldos positivos (comércio, serviços e agricultura) são aqueles em que justamente se concentram os piores empregos, com remunerações mais baixas, maior rotatividade e menores qualificações, revelando, portanto, a fragilidade da leve recuperação econômica percebida ao longo do ano. Fundamentalmente, o desastre só não foi maior em termos de emprego porque fatores excepcionais (a safra agrícola recorde, o crescimento das exportações e a liberação do FGTS) deram algum dinamismo a esses setores, interrompendo a trajetória de queda que vinham apresentando nos dois anos anteriores.
Deve-se notar ainda que, dado o forte peso da agricultura nesse processo de recuperação, as únicas regiões do país que terminaram 2017 com crescimento do emprego formal foram o Centro-Oeste (+37 mil) e o Sul (+34 mil), ambas muito dependentes da dinâmica de produção agropecuária. Já no Sudeste, onde se concentra a produção industrial do país, o saldo foi ainda bastante negativo (-77 mil).
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