O afastamento de quatro vice-presidentes da Caixa Econômica Federal pelo governo Temer gerou atritos na base aliada, que ameaça impor novas dificuldades aos planos do Planalto. Os quatro executivos haviam sido indicados pelo PMDB, PR, PP e PRB, todos aliados de Temer. Isso dificultará  a aprovação da Reforma da Previdência em fevereiro. Partidos da base pressionam o governo por indicações para os cargos em troca de votos pela Previdência. Alguns não descartam pressionar para que executivos afastados sejam indicados novamente.

O afastamento atendeu apenas parcialmente o pedido do Ministério Público Federal e do Banco Central, que haviam solicitado o afastamento de todos os vice-presidentes após Temer ter se recusado a cumprir a mesma recomendação de procuradores em dezembro. Os procuradores afirmam que irregularidades foram cometidas e que grupos políticos e empresariais foram favorecidos em operações financeiras do banco.

De acordo com o Senador Renan Calheiros, do PMDB, os vice-presidentes da Caixa foram indicados por Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados preso desde 2016. Em suas redes sociais, o senador afirmou que Cunha “não nomeou apenas os vices da Caixa, mas todo o governo Temer. Sempre teve três metas: influir nas delações transferindo suas responsabilidades, aprovar o impeachment e governar”.

Segundo uma investigação realizada por um escritório de advocacia e remetida ao MPF e a um Comitê Independente da Caixa, um dos vice-presidentes teria atendido pedido de Moreira Franco (PMDB-RJ), secretário-geral da Presidência da República, e do próprio presidente Michel Temer, e remetido informações sobre operações financeira a ambos.

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