O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da educação Fernando Haddad foi alvo da Polícia Federal em um desdobramento da Operação Lava Jato, que o indiciou por uso de caixa 2 de campanha em 2012, quando venceu as eleições municipais da capital paulista. Entre os indiciados também está o ex-secretário de Finanças do PT, João Vaccari Neto. Nesse novo capítulo de perseguição jurídica, Haddad virou alvo um mês depois de ter sido designado para coordenar o programa de Lula, em um inquérito baseado no depoimento do empreiteiro Ricardo Pessoa, da construtora UTC.

Trata-se de mais uma ação da PF e do Judiciário, cujo objetivo é político e visa criminalizar o Partido dos Trabalhadores e impedir Lula de ser candidato. Tal perseguição já havia atingido Vaccari, que está preso sem provas, com base apenas em delações de réus desesperados por reduzirem suas penas, se livrarem das prisões preventivas arbitrárias e manterem parte dos recursos ilegais.

Uma das marcas da gestão de Haddad na prefeitura de São Paulo foi o combate à corrupção, com a criação da Corregedoria-Geral do Município, que desmontou a máfia do ISS na cidade. No indiciamento, o delegado responsável utiliza um vídeo de 2016 como indício para justificar algo ocorrido em 2012, afirmando que embora o vídeo não seja prova cabal, seria “intuitivo” que se Haddad demonstra que possuía pleno conhecimento em sua campanha de 2016, também teria em 2012.

Em nota, Haddad afirmou que não há “”mínimo indício de qualquer participação de Fernando Haddad nos atos descritos por um colaborador sem credibilidade” e que sua gestão nunca favoreceu a empreiteira UTC, tendo inclusive suspendido em 2013 a única obra da construtora na cidade de São Paulo.

Segundo a defesa de Vaccari, o ex-tesoureiro não tinha responsabilidade perante as contas da campanha de Haddad, pois estas eram de responsabilidade do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores, e não do Diretório Nacional, onde Vaccari como secretário de Finanças solicitava doações apenas para o partido, e não para candidatos. Em nota, a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, manifestou solidariedade à Haddad e afirmou que “não pode ser por mero acaso que os dois ataques venham a público a nove dias do julgamento, pelo TRF-4, do recurso da defesa de Lula contra a sentença injusta e injurídica de Sérgio Moro”. Leia aqui a nota de Gleisi.

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