No Brasil, os índices de escolaridade das mulheres são mais elevados que os dos homens. No entanto, a renda feminina continua a ser mais baixa. Marilane Teixeira aponta, em texto publicado pela Fundação Friedrich Ebert no Brasil O desmonte trabalhista e previdenciário: reinventando novas formas de desigualdades entre os sexos, que nos anos 2000 reduziu-se a desigualdade salarial quanto ao gênero no Brasil: se, em 2004, o rendimento-hora de uma mulher equivalia a 82,7% ao rendimento-hora de um homem, em 2014 esse percentual passou para 85%.

No entanto, aponta a autora, assim como outros especialistas, que se o rendimento-hora das mulheres menos escolarizadas equivalia a 87% do rendimento-hora dos homens menos escolarizados, o rendimento-hora das mulheres mais escolarizadas equivalia a 69% do rendimento-hora dos homens mais escolarizados. Ou seja, as disparidades de renda são maiores entre a população com mais escolaridade.

Tal fato mostra a complexidade da desigualdade de gênero no mercado de trabalho, cuja solução não está em medidas simplistas ou unilaterais. É sabido que as mulheres têm mais dificuldade de progredir na carreira e alcançar postos e salários mais altos devido ao papel que exercem também quanto ao trabalho doméstico, além do machismo que é característico aos espaços de poder dentro do mercado de trabalho.

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