‘The Fosters’ aborda temas importantes ignorados pela tevê
Abordando temas atuais que são comumente deixados de lado pela tevê, The Fosters – família adotiva, série que estreou em 2013 pela emissora estadunidense ABC Family (atual Freeform) e que atualmente está em sua quinta temporada, mostra a vida de uma família. Composta por um casal de mulheres, Stef e Lena, seus quatro filhos adotivos Callie, Jude, Mariana e Jesus e pelo filho biológico de Stef, Brandon, passa longe dos moldes ditos tradicionais. O programa é viciante e conta com um roteiro que cumpre bem o papel de tratar questões polêmicas de uma forma leve, divertida e acessível.
A série mostra o preconceito que Stef e Lena sofrem por serem lésbicas, como a não aceitação do casamento entre as duas pelo pai da primeira, ao mesmo tempo que desenvolve os dramas sofridos por seus filhos. Brandon acaba se apaixonando por Callie e tem que lidar com o fato de que ela é, pela lei, sua irmã. Jude, o mais novo, descobre que deseja seu melhor amigo. Mariana passa por uma fase com problemas de aceitação diante do padrão de beleza imposto às meninas de serem loiras, brancas e magras.
Justamente em relação a estes problemas da vida adolescente aparece um dos pontos mais altos da série. A forma como as personagens se resolvem poderia cair nos clichês de filmes infanto-juvenis, mas não é isso que acontece. Os adolescentes se portam de uma maneira madura, passando lições importantes até mesmo para os adultos. Um exemplo disso são as ótimas falas de Jude quando é confrontado sobre sua orientação sexual, nas quais ele argumenta que não deveria decidir sobre isso tão novo, muito menos se rotular.
Além disso, diferentemente de outros programas que caracterizam casais lésbicos de uma maneira heteronormativa, The Fosters procura deixar claro que na família de Stef e Lena nenhuma representa o papel de “homem da casa”. As diferenças entre como cada uma delas lida com a criação dos filhos é justificada pela própria personalidade das personagens, sendo Stef uma pessoa mais fechada e Lena mais extrovertida.
E, por fim, o fato que faz da série ser tão rica além da do que foi exposto acima é o tema da adoção de adolescentes e como estes acabam sendo prejudicados pelo sistema precário que vigora nos EUA. Callie, a última a entrar para a família já com 16 anos, passa um período no lar para órfãos que saíram do reformatório juvenil e lá ela entra em contato com histórias que são quase sempre ignoradas pela sociedade, como Cole que é homem trans e por isso foi expulso de casa e Daphne que está tentando conseguir emancipação para poder ir atrás de sua filha pequena.
Por todos esses motivos e muitos outros, The Fosters é imperdível para aqueles que querem saber mais sobre mais sobre questões como a luta LGBT, diversidade e adoção e, sobretudo, para aqueles que precisam quebrar seus próprios preconceitos.
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