Acesso à água, luz e redução da desigualdade nos governos petistas
A pesquisa Faces da Desigualdade no Brasil, elaborada por Tereza Campello, foi lançada em 27 de novembro de 2017, abordando as mudanças na desigualdade no período de 2002 a 2015. O estudo analisa as diferentes dimensões da desigualdade, entendendo a exclusão de direitos básicos como parte fundamental da mesma. Dentre as dimensões abordadas, o acesso a serviços essenciais de infraestrutura são considerados direitos básicos, como água e energia.
No que diz respeito ao acesso à água de qualidade, de 2002 a 20015 houve um importante avanço para a redução das desigualdades. Em 2002, 88,6% da população total tinha acesso a água de qualidade, proporção que aumentou para 95,2% em 2015. Contudo, em 2002, na faixa dos 5% mais pobres apenas 49,6% tinham acesso a água de qualidade. Essa porcentagem subiu para 76% em 2015, representando um aumento de 53% no acesso à água de qualidade para a faixa dos 5% mais pobres.
Os governos petistas foram fundamentais para a ampliação do acesso à água de qualidade para todos, mas principalmente e mais rapidamente para os 5% mais pobres. As famílias com maior necessidade de acesso à água de qualidade estão localizadas principalmente no Norte e no Nordeste do Brasil, e no período de 2002 a 2015, praticamente dez milhões de famílias tiveram acesso ao direito à água de qualidade. Essas famílias, que antes tinham que caminhar uma média de uma hora e meia para acessar água no sertão do Nordeste foram contempladas com o Programa de Cisternas. Este programa possibilitou a construção de 1,2 milhão de cisternas para que as famílias pudessem ter acesso à água para consumo humano e produção de alimentos.
O acesso à energia elétrica foi outro avanço relevante em termos de infraestrutura no período. Em 2002, 96,7% da população possuía acesso à energia elétrica, contudo, nos 5% mais pobres, o acesso era de somente 81,3%. Os quase 19% sem acesso à energia elétrica estavam principalmente nas áreas rurais do Norte e Nordeste. Em 2015, o acesso à energia elétrica do total da população foi para 99,7% e na faixa dos 5% mais pobres, a proporção aumentou para 98,6%, representando um avanço sete vezes mais rápido para os 5% mais pobres.
O Programa Luz para Todos, criado em 2004 no governo Lula, foi o principal impulsionador da redução da desigualdade de acesso à energia elétrica nesse período. O Luz para Todos chegou até 3,3 milhões de famílias em áreas rurais, estimulando também o desenvolvimento destes locais e possibilitando o acesso a outros direitos como educação noturna e lazer.
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