O ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, anunciou, na tarde de ontem (29), que “o PSDB não está mais na base do governo”. Segundo Padilha, é possível que alguns ministros tucanos permaneçam no governo, mas na cota pessoal de Michel Temer (PMDB) e não representando o partido.

O governo, pressionado pelos partidos aliados, quer o PSDB fora da base, antes mesmo do próximo dia 9, quando os tucanos tomariam ou não essa decisão, em sua convenção nacional. O governo se irritou com as declarações dadas por Geraldo Alckmin ao assumir a candidatura à presidência do partido de que “é difícil o PSDB defender a gestão Temer na campanha de 2018”, além de pregar uma “política diferente” de agora em diante e dizer que “sempre foi contra o partido participar do governo”. O posicionamento de Alckmin em relação à Reforma da Previdência também desagrada. Segundo ele, não vale a pena aprová-la “desidratada”, como a proposta que o governo está apresentando.

Para o Temer é difícil pressionar a saída do PSDB da base, pois precisa dos votos tucanos para aprovar a Reforma da Previdência, que é “prioridade absoluta do governo”, de acordo com Padilha. A cúpula do planalto espera que o PSDB vote a favor da reforma, independente de estar ou não na base governista, uma vez que o partido se comprometeu com ela desde que começou a participar do governo. Espera que mantenham esse compromisso e Alckmin se manifeste claramente em favor da reforma previdenciária. O partido conta com 46 deputados federais e 11 senadores e é a terceira maior bancada do Congresso Nacional.

Os três ministros tucanos que continuam no governo são Aloysio Nunes, do ministério das Relações Exteriores; Antônio Imbassahy, da Secretaria de Governo; e Luizlinda Valois, de Direitos Humanos. O ex-ministro tucano das Cidades, Bruno Araújo, saiu no último dia 13. A saída de Imbassahy da Secretaria de Governo e sua substituição por Carlos Marun (PMDB-MS) foi anunciada, mas o governo voltou atrás e há grande probabilidade de o ministro permanecer em outro cargo na equipe. Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores) permanece no Itamaraty por escolha de Temer.

No dia próximo sábado (2/12), em agenda comum em Limeira, Temer e Alckmin devem decidir quando será a saída do PSDB do governo. Mais do que a permanência ou não do partido na base, essa conversa representa o rumo da construção das alianças pelo centro para 2018.

 

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