Manifesto ‘Projeto Nação’ defende eleição direta e irrestrita
No dia 5 de outubro, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, aconteceu novo lançamento do manifesto assinado por intelectuais, historiadores, economistas e cientistas políticos de todo o país chamado Projeto Brasil Nação.
Na coletiva, estavam os ex-ministros Luiz Carlos Bresser-Pereira (da Administração e Reforma do Estado e Ciência e Tecnologia, no governo FHC) e Celso Amorim (da Defesa e Relações Exteriores, nos governos Dilma Rousseff e Lula, respectivamente) e o historiador Luiz Felipe de Alencastro.
Para Bresser-Pereira, “o que está em jogo é a nação brasileira e temos alternativa econômica para ela”. Ele alertou sobre os retrocessos democráticos dos últimos seis meses, lembrando que propostas como a PEC do Parlamentarismo seria mais um golpe. “Falar disso agora não faz o menor sentido. Precisamos, com eleições diretas e irrestritas, construir a legitimidade porque a democracia é conquista de toda sociedade brasileira”, disse.
Segundo Celso Amorim, o Manifesto é uma “conjunção de esforços” e a atualização do documento é necessária de acordo com a conjuntura, mas o seu teor principal é “lutar pelo Projeto de Nação e a realização de eleições íntegras, contra as manobras eleitorais e pelo direito de Lula concorrer”.
Amorim defende que o Brasil pode sair da crise, “com democracia e projeto de nação e desenvolvimento”, em contraposição às propostas neoliberais que, para ele, “só servem para ajustes” e não para solucionar as grandes questões em pauta. “O Manifesto é uma tentativa otimista de reagir. Sou diplomata, acredito na paz e na esperança. Fora da política as soluções são sempre piores”, lembrou.
Alencastro, para quem “não estamos pedindo nada de mais”, afirmou que a PEC do Parlamentarismo é inconstitucional e que é importante “sublinhar a realização de eleições diretas”.
As assinaturas continuam sendo recolhidas, via internet, e já está marcado, para o próximo dia 27, um grande evento na Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro, envolvendo partidos políticos e movimentos sociais.