A cena foi a mesma de alguns meses atrás. Após pedido de vistas, o terceiro julgador, o desembargador Victor Laus concordou com o voto do desembargador revisor e absolveu João Vaccari Neto. A argumentação também é a mesma: faltam provas para condenar Vaccari.

Dessa vez, a absolvição veio da acusação do crime de corrupção passiva. Após duas absolvições nos casos da Bancoop, essa é a segunda absolvição de Vaccari na Operação Lava Jato. O ex-tesoureiro do PT acumula quatro absolvições seguidas e nenhuma condenação em segunda instância.

A pergunta que fica é: até quando manterão Vaccari preso? Em uma Lava Jato seletiva que valoriza delações em detrimento de provas, é preciso que se diga que essa prisão é política e arbitrária.

A prisão preventiva de Vaccari está decretada em outra ação da operação, mas as condições para a sua manutenção ficam cada vez mais insustentáveis. Esse mecanismo de restrição de liberdade tem requisitos muito específicos, e no caso, não há nenhuma razão jurídica para a sua manutenção.

No entanto, o juiz Sérgio Moro parece não se preocupar com o cumprimento da lei, mas sim com a condenação, mesmo que sem provas, daqueles que ele elegeu como inimigos.

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