Lula lidera em todos os cenários e é o nome mais forte para 2018
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue liderando intenções de voto para a eleição de 2018, de acordo com a pesquisa realizada entre os dias 13 e 16 de setembro, pela MDA, em parceria com a Confederação Nacional de Transportes. Lula é o nome mais forte do campo democrático-popular, enquanto o eleitorado conservador passou a se aglutinar em torno de Bolsonaro, e não mais do PSDB.
De acordo com a pesquisa, o governo golpista de Michel Temer bateu recorde de avaliação negativa e é considerado ruim ou péssimo por 75,6% dos entrevistados, enquanto apenas 3,4% consideram o governo como ótimo ou bom. A avaliação pessoal dos entrevistados sobre Temer é extremamente negativa: 84,5% desaprovam pessoalmente sua atuação e 10,1% a aprovam. As expectativas baixas em relação à melhoria das condições e da economia têm influência clara no índice de desaprovação: a expectativa de que fique igual ou pior é de 71,4% em relação ao emprego e de 73,8% em relação à renda mensal.
Apesar de toda a perseguição jurídica e midiática, das centenas de horas nos jornais dedicadas à tentativa de destruição da imagem do presidente Lula, da clara operação abafa da imprensa ao sucesso da caravana Lula pelo Brasil e das denúncias fabricadas e instrumentalizadas, o ex-presidente lidera em todos os cenários de segundo turno (contra Alckmin e João Dória, por exemplo, Lula venceria por 40,6% a 23,2% e 41,6% a 25,2%, respectivamente), as intenções de voto espontâneas (20,2%), e estimuladas para primeiro turno (32% ou mais nos três cenários, cada um com um nome tucano).
Os cenários de intenção de voto para 2018 também demonstram que o PSDB, principal força da direita, que executa e controla a política econômica de arrocho no governo Temer e tem ligações orgânicas com as elites financeiras, midiáticas e demais setores do capital, está sendo canibalizado pela própria campanha antidemocrática que iniciou no país.
Jair Bolsonaro aparece em segundo lugar, com, 19% em média das intenções de voto estimuladas para primeiro turno. Representante do conservadorismo tacanho, Bolsonaro é o resultado da irresponsabilidade do PSDB em aderir e estimular o reacionarismo, o preconceito e o ódio para derrubar o PT a qualquer custo, após uma série de derrotas nas eleições presidenciais. Como resultado, os nomes tucanos testados na pesquisa aparecem com 3,2% (Aécio Neves), 8,7% (Geraldo Alckmin) e 9,4% (João Dória). O monstro criado pelos tucanos abocanhou o eleitorado antipetista e conservador, que até então via no PSDB a capacidade de derrotar o petismo.