Mercado de trabalho reflete desigualdade de gênero, raça e regional
O Brasil é um país conhecido pelas desigualdades em suas diversas formas, entre elas a de gênero, raça e regional, formadas a partir de questões históricas e sociais. Tais desigualdades são facilmente perceptíveis no mercado de trabalho, com as mulheres, negros e trabalhadores do Norte/Nordeste apresentando piores índices.
Quanto a gênero, segundo a PNAD Contínua, realizada pelo IBGE, no segundo trimestre de 2017 (abril-junho), a taxa de desocupação foi estimada em 11,5% para os homens e 14,9% para as mulheres. Por outro lado, homens (56,6%) representavam maior percentual de ocupados. No quesito cor ou raça, segundo a PNADC, entre as pessoas que se declararam brancas, a taxa de desocupação (10,3%) ficou abaixo da média nacional, enquanto a dos pretos (15,8%) e dos pardos (15,1%) ficou acima.
Ainda de acordo com a pesquisa o segundo trimestre de 2017, a taxa de desocupação caiu em todas as grandes regiões, exceto Nordeste (em que permaneceu estável, de 16,3% para 15,8%), com destaque para o Norte (queda de 14,2% para 12,5%) e Centro-Oeste (redução de 12% para 10,6%). No Sudeste, a taxa caiu de 14,2% para 13,6% e no Sul de 9,3% para 8,4%. Quanto à taxa de desocupação por Unidade da Federação, a PNADC destaca que Pernambuco (18,8%) e Alagoas (17,8%) registraram as maiores taxas de desocupação e as menores taxas de desocupação foram registradas em Santa Catarina (7,5%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Mato Grosso (8,6%).
Tais disparidades pedem políticas que as reduzam, de forma a tornar a sociedade brasileira mais igualitária. Políticas como a valorização do salário mínimo durante os governos petistas tiveram amplo impacto na redução das desigualdades de gênero, raça e regional, mas com a crise no mercado de trabalho e a reversão das prioridades de políticas públicas a desigualdade dá sinais de ampliação no Brasil.