No aniversário da condenação da presidenta pelo Senado Federal, relembramos que saúde, educação, ciência e tecnologia, habitação, entre outras áreas, têm sofrido duros cortes que afetam diretamente a população brasileira. O corte de gastos nas áreas sociais é sentido pelos usuários de serviços públicos há vários meses.

Na educação, estão sendo amplamente atingidas pela austeridade as instituições de ensino e pesquisa no País, em especial as 63 universidades federais. Tornou-se comum, segundo relato da Carta Capital, o cancelamento de congressos e eventos acadêmicos, a suspensão de estudos de campo e a redução do cardápio dos restaurantes universitários.

Quanto à saúde, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) tem denunciado como as políticas de austeridade e de descontinuidade no SUS provocam o sofrimento da população. Um exemplo grave disso é o município do Rio de Janeiro, que, em meio à crise, deixa como marca o caos e a descontinuidade de atendimentos nas três esferas de gestão dos serviços de saúde, o que interessa àqueles comprometidos com o desmonte do SUS.

Tais cortes são consequência da política de austeridade fiscal, que corta programas sociais na esperança de assim reduzir o déficit fiscal, mas ao desaquecer a economia aprofunda ainda mais a recessão e reduz a arrecadação de impostos, gerando um efeito ainda mais negativo no déficit e um ciclo difícil de quebrar, que já se arrasta desde 2015 com sucessivas quedas no crescimento do PIB e impactos no mercado de trabalho. Os cortes nos gastos sociais são realizados no momento em que a população está mais vulnerável e mais precisa da estrutura do Estado.

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