Com informações da Agência PT

Entre os dias 20 e 22 a caravana Lula pelo Brasil adentrou o estado de Sergipe, após três dias na Bahia, e encontrou um povo de portas abertas em todos os lugares que passou. Da capital ao agreste e ao sertão, pudemos presenciar histórias de vida do povo residente nessas regiões historicamente esquecidas pelo Estado brasileiro. Fica evidente, portanto, a importância do legado dos governos do Partido dos Trabalhadores para o desenvolvimento regional e para a criação de oportunidades para a população local.

A visita a dois assentamentos, um na divisa entre Bahia e Sergipe e outro a caminho de Alagoas, evidenciou um dos principais resultados da política de democratização do acesso à terra. Em um dos relatos mais marcantes, nos foi contado que era comum que meninas de doze, treze anos fossem para a capital trabalhar de domésticas em residências de classe média e classe média alta. Também era comum que elas retornassem para o interior grávidas de seus patrões. O estímulo à agricultura familiar, o aumento do investimento em infraestrutura e em serviços públicos, além da ampliação do emprego e renda, foram essenciais para que casos como esses se tornassem mais raros.

Após receber o título de cidadão estanciano em Estância, Sergipe, a caravana seguiu no dia seguinte para o município de Lagarto, onde Lula receberia mais um título de Doutor Honoris causa, no Campus Universitário Professor Antônio Garcia Filho da Universidade Federal de Sergipe. O campus foi construído em 2009 pelo governo Lula, como parte do programa de Restauração e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Criticado à época, sob falsas profecias fatalistas de que levar universidades a regiões pobres do país era insustentável, o programa permitiu que em Lagarto, por exemplo, o campus especializado em Saúde fornecesse vagas a estudantes, muitos destes filhos de agricultores, que fazem estágios e trabalham beneficiando a população local.

Entre os municípios de Lagarto e Itabaiana, segundo destino do dia, duas surpresas: Em São Domingos e em Campo do Brito, cidades do agreste sergipano, a população local parou a caravana para ver e ouvir o presidente Lula. Em Itabaiana, o legado dos governos petistas também se faz presente: com a democratização do acesso ao ensino superior, o campus da UFS no município passou a receber estudantes locais e de outras regiões do Nordeste. A universidade possui seis cursos de licenciatura, e os estudantes fazem estágios nas escolas da região. Por fim, a caravana seguiu ao sertão sergipano para um ato político em Nossa Senhora da Glória.

Na capital sergipana, no último dia no estado, Lula recebeu homenagens antes de seguir para Alagoas: Iva Mayara, moradora do Morro do Avião, devolveu para o presidente o cartão do Programa Bolsa Família. Outra homenagem foi de estudantes de medicina, sendo que um deles presenteou Lula com seu estetoscópio. Por fim, a caravana atravessou o Rio São Francisco para chegar a Penedo, no estado de Alagoas, onde Lula foi recepcionado pela população, pelo governador Renan Filho e o senador Renan Calheiros.

Durante o trajeto, era comum passar por trechos nas estradas nos quais as pessoas de todas as casas esperavam a caravana Lula pelo Brasil. Do início ao fim, por todo o Sergipe, Lula foi recebido de portas abertas.

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