“O país só tem conserto com o povo na governança”, diz Lula em Maceió

Foi para fugir da fome que Lula deixou o interior de Pernambuco com sua mãe, dona Lindu, seguiu para o estado de São Paulo e tornou-se presidente da República. Foi por isso que pôde governar fazendo tanto pelo povo brasileiro, para que nenhuma criança voltasse a passar o que ele passou na infância.

O ex-presidente lembrou sua trajetória durante ato em Maceió, no Alagoas, durante a passagem do projeto Lula pelo Brasil pelo estado.

“Eu não vou deixar as pessoas voltarem a tomar café que nem eu tomava, que era café com farinha. Eu só fui comer pão com sete anos de idade”, conta.

“Eu saí do Nordeste com sete anos e hoje não posso permitir que o povo daqui volte a carregar lata d’água na cabeça”, disse ele, ao recordar de sua trajetória difícil na infância.

Para Lula, o Nordeste não quer mais ser reconhecido pelas mazelas de seu povo, mas sim por suas conquistas. “O Nordeste não quer ser mais conhecido porque tem mais analfabetismo, maior evasão escolar, mortalidade infantil”, disse.

“Nós nordestinos não queremos tirar nada de ninguém, mas queremos o que é nosso. O direito de ter os mesmos investimentos, as mesmas universidades. É por isso que nosso governo o Nordeste passou a ter 1,6 milhão de alunos na universidade”, disse ele.

Lula lembrou que o país continua a ter uma dívida histórica com a região.

“Eu não sei quem disse para a elite que pobre não gosta de viver bem. Nós gostamos das coisas boas, queremos morar bem, queremos viajar de férias. Queremos fazer mestrado, doutorado, queremos emprego que pague bem. Quem disse que queremos comer mal e se vestir mal?”, questionou.

O ex-presidente também afirmou que a caravana tem como objetivo acordar o Brasil outra vez. “Eu não me conformo com a destruição que este governo golpista está fazendo neste país”, disse ele.

Lula citou as conquistas que o Brasil teve durante o seu governo, como quadruplicar o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), quintuplicar o orçamento de educação, instalar cisternas e avançar na resolução do problema da seca, retirar o país do mapa da fome.

“Eles estão acabando com a Farmácia Popular. Vão vender a Eletrobras, querem vender a BR. Acabaram com a indústria naval. Estão querendo vender o nosso pré-sal e querem destruir a engenharia brasileira a pretexto de quebrar corrupção”, disse. “Você prende o dono da empresa, mas deixa os trabalhadores trabalhando.”

Lula afirmou que quer conversar com os pequenos produtores, com os pequenos empreendedores individuais, com a população LGBT, com a organização de mulheres, quilombolas. “Sobretudo para a gente provar que esse país só tem conserto quando o povo brasileiro puder participar da governança”, disse.

Movimentos sociais
Presente no ato, Débora Nunes, do MST, afirmou que a caravana serve para convocar o povo para a resistência ao governo golpista.

“Lula é um homem que saiu desse chão, retirante, que ajuda a construir esse país e volta como presidente para que as riquezas sejam socializadas com quem também produz”, disse.

Já o vice-presidente nacional do PT e coordenador da caravana Marcio Macedo reafirmou que o objetivo dessa caravana é que o maior líder da história do país possa ouvir o seu povo e a sua gente. “Estão com medo do povo que Lula está levando para as ruas”, afirmou.

O deputado Paulão, também presente no ato, lembrou que Lula foi o presidente que mais construiu Universidades do Brasil, e que mais ampliou institutos federais.

Para Paulão, o povo não pode ficar calado com o desmonte que tem sido feito pelo governo golpista. “Por isso, várias categorias estão aqui hoje para dar o seu abraço e colocar o refrão que será nossa marca de luta: ‘Lula guerreiro do povo brasileiro’”, disse.

Por Clarice Cardoso, enviada especial ao Nordeste com a caravana Lula pelo Brasil, para a Agência PT de Notícias

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