A Universidade Federal do ABC (UFABC), que foi criada em 2005 pelo Presidente Lula, adotou posição de vanguarda ao aprovar por unanimidade em seu Conselho Universitário uma resolução dando direito a cotas de vagas para refugiados e solicitantes de refúgio, honrando seu lema de ser a “universidade do século 21”.

A medida passa a valer já em 2018, bastando aos interessados prestarem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e se inscreverem no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Serão disponibilizadas doze vagas ao todo, sendo oito para o Bacharelado em Ciência e Tecnologia (BC&T) em Santo André e São Bernardo do Campo e quatro para o Bacharelado em Ciências e Humanidades (BC&H), somente em São Bernardo do Campo.

Essa acertada resolução está de acordo com a nova Lei de Migração que entrará em vigor em novembro. Esta garante, em linhas gerais, igualdade entre cidadãos migrantes e os nacionais, no que se refere ao direito à liberdade, igualdade, propriedade e segurança.
Vale lembrar que a questão em pauta está dividindo a sociedade civil e os governos em nível mundial. Os conflitos na Síria e no resto do Oriente Médio produziram, como uma de suas nefastas consequências, inúmeros refugiados que hoje batem na porta de países vizinhos e da Europa. No território brasileiro, o número de refugiados aumentou 12% em 2016, segundo dados do Comitê Nacional para Refugiados (Conare).

A UFABC posicionou-se, nesse contexto, ao lado dos direitos humanos e da vanguarda que combate discursos xenófobos, lamentavelmente, cada vez mais acalorados. Posição digna, portanto, de uma universidade que foi construída no bojo de políticas progressistas.

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